Futuro para Cavaco significa retrocesso, diz Francisco Lopes

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Francisco Lopes esteve em Serpa Daniel Rocha (arquivo)

Num jantar comício em Serpa, distrito de Beja, que reuniu cerca de 450 apoiantes – segundo números da organização -, o candidato apoiado pelo PCP e Verdes afirmou que “é perigoso que Cavaco Silva utilize a palavra futuro, porque na sua boca significa passado, retrocesso, afundamento do país, agravamento das injustiças sociais”.

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Num jantar comício em Serpa, distrito de Beja, que reuniu cerca de 450 apoiantes – segundo números da organização -, o candidato apoiado pelo PCP e Verdes afirmou que “é perigoso que Cavaco Silva utilize a palavra futuro, porque na sua boca significa passado, retrocesso, afundamento do país, agravamento das injustiças sociais”.

Francisco Lopes rejeitou ainda a ideia de que Cavaco Silva colocou Portugal “no pelotão da frente da União Europeia”.

“A realidade aí está a mostrar: que pelotão da frente? O da dependência, da decadência, da destruição da produção, do desaproveitamento dos recursos nacionais, do desemprego, de estar cada vez mais distante dos níveis de desenvolvimento e das condições de vida dos outros povos”, afirmou.

Francisco Lopes apontou igualmente responsabilidades pela situação do país ao candidato apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda, Manuel Alegre, que acusou de ter sido um “bom aluno da mesma escola”, e desvalorizou os conflitos entre os dois adversários na corrida presidencial.

“Tanto que eles se conflituam, tanto que aparecem a querer ser diferentes, mas tanto que têm o mesmo percurso, são ambos responsáveis pelo caminho que conduziu o país à situação actual”, defendeu.

Considerando que Portugal atravessa “um dos períodos mais difíceis, só comparável” com o pré-25 de Abril, Francisco Lopes sublinhou que o futuro “não é abdicar dos interesses nacionais, soberania e independência do país”.