Estudo que relacionou autismo com vacina foi “falsificação elaborada”

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Muitos pais decidiram não vacinar os filhos na sequência do estudo Nelson Garrido (arquivo)

O estudo tinha sido publicado pela revista Lancet, que anos mais tarde veio reconhecer que não deveria ter divulgado a análise do médico Andrew Wakefield, que se baseava apenas numa amostra de 12 crianças.

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O estudo tinha sido publicado pela revista Lancet, que anos mais tarde veio reconhecer que não deveria ter divulgado a análise do médico Andrew Wakefield, que se baseava apenas numa amostra de 12 crianças.

O autor ligava a vacina tríplice (sarampo, rubéola e papeira) a casos de autismo.

O British Medical Journal vem agora afirmar que o médico não pode ter cometido um erro e que terá falsificado dados para o seu estudo.

Em resposta, o médico acusa quem lhe aponta o dedo de defender os interesses da indústria farmacêutica.

Numa entrevista à cadeia norte-americana CNN, Andrew Wakefield negou ter falsificado quaisquer dados e disse estar perante uma “tentativa sem escrúpulos de abafar um inquérito sobre as inquietações legítimas” relativas à segurança de uma vacina.

Depois do estudo de 1998, que causou o pânico no Reino Unido, vários estudos têm afirmado não haver qualquer relação entre o aparecimento do autismo e a vacina tríplice.

Segundo os serviços norte-americanos do controlo e prevenção de doenças, a atitude de muitos pais, que se negaram a vacinar os filhos, contribuiu para um aumento, há alguns anos, de casos de sarampo nos Estados Unidos e em alguns países europeus.