“Não posso dizer nada sobre a minha continuidade. No futuro próximo, nada acontecerá porque não haverá jogos. Verei o que me traz o próximo ano”, anotou, há dois dias, o médio criativo que foi um quebra-cabeças para as defesas de toda a Europa durante boa parte da década de 1990 e o início dos anos 2000. O técnico Gerard Houllier, de resto, considera-o “uma das melhores contratações que o Liverpool alguma vez fez”.

“Não posso dizer nada sobre a minha continuidade. No futuro próximo, nada acontecerá porque não haverá jogos. Verei o que me traz o próximo ano”, anotou, há dois dias, o médio criativo que foi um quebra-cabeças para as defesas de toda a Europa durante boa parte da década de 1990 e o início dos anos 2000. O técnico Gerard Houllier, de resto, considera-o “uma das melhores contratações que o Liverpool alguma vez fez”.

Era ele que treinava o clube, em 2001, quando Litmanen chegou a Inglaterra com o estatuto de super-estrela, adquirido ao longo de sete épocas no Ajax dourado da era Van Gaal. Na bagagem, levava 155 jogos e 87 golos, juntamente com a classe e a simplicidade de processos que fizeram dele um jogador à parte. Mas as lesões que o impediram de se afirmar em Barcelona, entre 1999 e 2001, voltaram a fintá-lo na Premier League: no primeiro ano, ficou impossibilitado de disputar qualquer das três finais que os “reds” atigiram (FA Cup, Carling Cup e Taça UEFA).

Era o período decrescente da carreira a bater-lhe à porta. Voltaria à Holanda, e ao Ajax, mas já não era o mesmo – nem a equipa, desprovida do talento de jogadores como Seedorf, Rijkaard, Finidi, Overmars ou Kluivert, que catapultaram o clube para o título europeu em 1995. Próximas paragens: Lahti, Hansa Rostock, Malmo, Fulham e Lahti novamente, o clube da terra natal onde ainda faz questão de resistir ao tempo e a todos os condicionalismos.

É aí, nesse modesto clube da segunda divisão finlandesa, que ainda mantém a condição física que lhe permite continuar a picar o ponto na selecção. Na quarta-feira passada, fez o sexto golo da goleada da Finlândia sobre São Marino (8-0), em Helsínquia, num jogo da fase de qualificação para o Euro 2012. Foi o 137.ª internacionalização. E aquele penálti que só terminou no fundo da baliza permitiu-lhe chegar onde nenhum outro chegou. Tornava-se o jogador mais velho a marcar pela selecção. Para desgosto do irlandês John Aldridge e do austríaco Ivica Vastic, anteriores recordistas na fronteira dos 38 anos.

Jari Olavi Litmanen

20 de Fevereiro de 1971

Lahti

Finlândia

1,82m

Médio criativo

137

31

Litmanen é o mais velho jogador da Europa (e não apenas o mais velho jogador) a facturar num jogo internacional oficial.