Austrália: primeira-ministra favorável a uma Internet com filtros

Este sistema de filtragem de conteúdos passaria a impedir o acesso a sites que mostrassem cenas de violência, pedofilia, bestialidade e droga e seria administrado pelos fornecedores de Internet (ISP).

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Este sistema de filtragem de conteúdos passaria a impedir o acesso a sites que mostrassem cenas de violência, pedofilia, bestialidade e droga e seria administrado pelos fornecedores de Internet (ISP).

O polémico projecto estava a caminho de se tornar uma realidade quando acabou por ser suspenso, em Julho último, antes das eleições legislativas, ganhas por Julia Gillard.

A primeira-ministra justificou a sua opinião com questões morais: “É ilegal, na minha opinião, ir ao cinema e ver certos conteúdos. Isso é ilegal e condenável”, declarou a governante trabalhista. “Se aceitarmos este ponto de vista, parece-me que a questão moral não muda em função do media que veicula essas imagens”, acrescentou a primeira-ministra.

Os utilizadores, os trabalhadores da indústria pornografia e alguns grupos australianos ligados ao sector já estimaram que o projecto de filtragem pode ser comparado àqueles que estão em vigor em regimes totalitários.