Carlos Queiroz: “Isto é uma tempestade num copo sem água”

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Carlos Queiroz diz ter sido empurrado para este jogo Paulo Pimenta (arquivo)

“Confio que no final, ouvindo as partes, as coisas saiam esclarecidas. Não foi possível as pessoas dialogarem e evitar toda esta perturbação, que não tem sentido nenhum. Isto é uma tempestade num copo sem água”, disse Carlos Queiroz, à porta da sede da Federação Portuguesa de Futebol, no dia em que foram ouvidas sete das nove testemunhas indicadas pelo técnico no processo disciplinar aberto após o incidente com a brigada "antidoping" no estágio de preparação para o Mundial 2010.

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“Confio que no final, ouvindo as partes, as coisas saiam esclarecidas. Não foi possível as pessoas dialogarem e evitar toda esta perturbação, que não tem sentido nenhum. Isto é uma tempestade num copo sem água”, disse Carlos Queiroz, à porta da sede da Federação Portuguesa de Futebol, no dia em que foram ouvidas sete das nove testemunhas indicadas pelo técnico no processo disciplinar aberto após o incidente com a brigada "antidoping" no estágio de preparação para o Mundial 2010.

Questionado se tem condições para se manter no cargo e estar no banco no dia 3 de Setembro, quando Portugal receber Chipre, Queiroz respondeu que conta com o apoio dos responsáveis federativos: “Tenho absoluta convicção do apoio da direcção e do senhor presidente me têm dado neste processo, que tem sido exemplar e isento. Esta não é uma questão nem com o presidente, nem com a direcção. É uma questão levantada pela Adop [Autoridade Antidopagem de Portugal] e respondo perante o Conselho de Disciplina.”

Sem esconder que não está satisfeito com a forma como o processo decorreu, Queiroz revelou não ter falado com Luís Horta, presidente da Adop e alvo das palavras injuriosas que o técnico terá proferido na Covilhã: “Não tive oportunidade de falar com as pessoas antes. Não há razão para falar agora, até porque não me deram oportunidade de falar.”

“A forma de diálogo é esta e tenho de aceitar as regras que me foram impostas. Tenho de jogar o jogo para o qual foi empurrado”, lamentou Queiroz, que disse ainda estar concentrado na selecção e nos jogos de qualificação para o Euro 2012. “É isso que tenho feito. Concentrar-me nos interesses da selecção. Agostinho [Oliveira, adjunto do seleccionador] partiu para Chipre, eu amanhã parto para a Noruega e estamos concentrados na única coisa que é importante”, referiu.