Lula: Oi vai continuar a ser “brasileira da Silva”

Foto
AFP

“O Brasil não pode e nem poderia ter nenhuma influência nas negociações entre a Telefónica de Espanha e a Portugal Telecom. São dois países soberanos que, entre eles, fizeram um negócio que, pelo que eu vi hoje e nos jornais, é muito dinheiro. Sobre o facto de a Portugal Telecom decidir participar da Oi, só posso dizer que a Oi continuará sendo brasileira da Silva”, afirmou Lula da Silva aos jornalistas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“O Brasil não pode e nem poderia ter nenhuma influência nas negociações entre a Telefónica de Espanha e a Portugal Telecom. São dois países soberanos que, entre eles, fizeram um negócio que, pelo que eu vi hoje e nos jornais, é muito dinheiro. Sobre o facto de a Portugal Telecom decidir participar da Oi, só posso dizer que a Oi continuará sendo brasileira da Silva”, afirmou Lula da Silva aos jornalistas.

“Enquanto eu for presidente, a empresa vai continuar como empresa nacional, porque foi para isso que ela foi criada - para ser uma empresa nacional”, afiançou.

Lula da Silva salientou que as negociações para a participação da PT na Oi estão a ser acompanhada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).

Questionado sobre se este é um bom negócio para o Brasil, Lula da Silva disse acreditar que sim. “Será sempre um bom negócio para o Brasil, desde que o controlo continue a ser nacional. Vai sair uma grande tele [empresa de telecomunicações]”, sublinhou, lembrando os exemplos da Petrobras e da Vale, que têm investidores estrangeiros e continuam sendo empresas brasileiras de sucesso.

Lula da Silva referiu, entretanto, que este é um processo que não deve terminar nos últimos cinco meses de seu mandato.

O chefe de Estado brasileiro disse ainda desconhecer tentativas de entrada na Oi por outros grupos estrangeiros.