Ninguém atropelou os direitos dos accionistas

A PT é uma empresa muito importante para o País. E a participação da PT na Vivo é um activo estratégico de sucesso no mercado brasileiro - é mesmo a empresa de telecomunicações nº 1 no Brasil. Sucede que a internacionalização da PT e a sua presença no Brasil é absolutamente fundamental para a economia portuguesa.

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A PT é uma empresa muito importante para o País. E a participação da PT na Vivo é um activo estratégico de sucesso no mercado brasileiro - é mesmo a empresa de telecomunicações nº 1 no Brasil. Sucede que a internacionalização da PT e a sua presença no Brasil é absolutamente fundamental para a economia portuguesa.

Eu compreendo, por isso, muito bem o interesse dos espanhóis da Telefónica em comprar uma empresa tão boa como a Vivo, tal como compreendo os interesses financeiros dos accionistas da PT em obterem ganhos de curto prazo.

Mas ao Estado Português não compete defender os interesses das empresas espanholas, nem interesses financeiros de curto prazo - mas sim os interesses estratégicos do País. E a verdade é que esta proposta não convenceu o Estado, não convenceu o Governo.

Ninguém atropelou os direitos legítimos e até compreensíveis de outros accionistas. O Estado limitou-se a não permitir que os seus interesses fossem desconsiderados e ignorados e afirmou-os no quadro dos estatutos da empresa que sempre foram reconhecidos por todos os accionistas.

Ora o Governo - pelo menos este Governo - não abdica de nenhum instrumento disponível para defender os interesses estratégicos de Portugal. Se alguém não sabia disso, agora ficou a saber.