“Estou-me borrifando se a minha mulher faz parte disso ou não”

É o caso da Vilas do Vau, uma imobiliária da qual Cidália Rosa é gerente e na qual tem uma quota de 20 por cento, pertencendo o resto da capital à Convau e a uma empresa inglesa, ambas integradas no Emerson Group. A Transview, Redes e Serviços de Comunicações Electrónicas, Lda., a Quinta da Boa Vista, Empreendimentos Turísticos, Lda., e a mediadora imobiliária Vaupro são outras das sociedades detidas pela Convau e pelo Emerson Group, das quais Cidália Rosa é administradora.

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É o caso da Vilas do Vau, uma imobiliária da qual Cidália Rosa é gerente e na qual tem uma quota de 20 por cento, pertencendo o resto da capital à Convau e a uma empresa inglesa, ambas integradas no Emerson Group. A Transview, Redes e Serviços de Comunicações Electrónicas, Lda., a Quinta da Boa Vista, Empreendimentos Turísticos, Lda., e a mediadora imobiliária Vaupro são outras das sociedades detidas pela Convau e pelo Emerson Group, das quais Cidália Rosa é administradora.

Contactado pelo PÚBLICO acerca do seu papel no processo de expropriação por utilidade pública que beneficiou exclusivamente o grupo empresarial de que a mulher é sócia e administradora, João Rosa respondeu que actuou como administrador executivo da Emarp, “na defesa dos interesses desta empresa municipal e mais nada”. O gestor, que foi nomeado pela Câmara de Portimão e subscreveu todos os documentos em que a Emarp solicitou à autarquia a expropriação, acrescentou que não foi ainda ouvido pela Polícia Judiciária, embora saiba que ela está a investigar o caso. “Estou-me borrifando se a minha mulher faz parte disso ou não [da Convau e do Emerson Group]”, concluiu, afirmando que o problema surgiu porque “os senhores do tribunal entregaram a parcela àquelas pessoas”. O presidente da autarquia, Manuel da Luz (na foto), a quem o PÚBLICO dirigiu várias perguntas sobre este assunto há duas semanas, não quis prestar qualquer esclarecimento.