Investimento de cinco milhões para regar a Lezíria Grande

O projecto será desenvolvido junto à localidade do Porto Alto, na fronteira entre os municípios de Vila Franca e de Benavente, ao que tudo indica sem financiamento comunitário. Os agricultores da região (cerca de 300 filiados na associação) sublinham, todavia, que, em 2005, devido à seca extrema, os prejuízos poderiam ter sido superiores a 50 milhões de euros, pelo que consideram que este investimento é perfeitamente justificável.

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O projecto será desenvolvido junto à localidade do Porto Alto, na fronteira entre os municípios de Vila Franca e de Benavente, ao que tudo indica sem financiamento comunitário. Os agricultores da região (cerca de 300 filiados na associação) sublinham, todavia, que, em 2005, devido à seca extrema, os prejuízos poderiam ter sido superiores a 50 milhões de euros, pelo que consideram que este investimento é perfeitamente justificável.

Joaquim Madaleno, director executivo da ABLGVFX, salientou que o açude terá capacidade para assegurar a rega de uma área de 6000 hectares, cerca de metade dos quais pertencentes à empresa pública Companhia das Lezírias. "É uma obra fundamental, não só para a associação e para os agricultores da Lezíria Grande, mas também para a margem esquerda do Sorraia. É uma grande aposta. Se em 2005 estavam em jogo 50 milhões de euros de produções e se o açude custa cinco milhões, num ano de seca paga-se perfeitamente", vincou.

O açude insuflável do Sorraia já tem projecto e está em fase de licenciamento. Terá a particularidade de ser feito em materiais do tipo borracha, que permitirão que se encha em períodos secos, para fazer o efeito de barreira e reter as águas necessárias, e que seja despejado no Inverno, acomodando-se no fundo do rio, sem qualquer impacto.