Marca de calçado português Cubanas internacionaliza-se
António Marques, um dos sócios fundadores da But Fashion, explicou ao PÚBLICO que os planos da empresa passam por uma maior aposta na internacionalização, através da abertura de lojas próprias e do possível franchising da marca Cubanas, um nome que pretende associar "a alegria e as cores do povo cubano ao conforto e à moda".
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António Marques, um dos sócios fundadores da But Fashion, explicou ao PÚBLICO que os planos da empresa passam por uma maior aposta na internacionalização, através da abertura de lojas próprias e do possível franchising da marca Cubanas, um nome que pretende associar "a alegria e as cores do povo cubano ao conforto e à moda".
Com sede em Alcanena, longe do coração da indústria de calçado nortenha, "as colecções são criadas por uma equipa de quatro designers, em articulação com a informação recolhida pela rede de lojas quanto à preferência dos clientes e às viagens pesquisa". António Marques explica que esta articulação tem sido fundamental para o sucesso das marcas. O fabrico das colecções é depois subcontratado à indústria na nacional, localizada essencialmente na região Norte do país, que o empresário define como "uma excelente indústria, ao nível do melhor que se faz no mundo".
Quando se pergunta a António Marques porque é que não tem uma produção própria, o empresário considera que essa não é a melhor estratégia. "O fabrico de calçado é uma indústria muito específica, e torna-se mais difícil controlar toda a cadeia de produção, a concepção do produto e o controlo da distribuição", explica o empresário.
A actividade empresarial de António Marques, juntamente com o irmão, Mário Marques, começou há 14 anos, com a venda de produtos químicos, sapatos, malas e acessórios. Os dois irmãos chegaram a ter uma pequena fábrica em Espanha, em Alicante, que produzia 20 pares de sapatos por dia, com a marca Sky, produção entretanto abandonada.
Em 2006 é lançada a primeira loja Made In, em Lisboa. Actualmente a rede já integra 11 lojas a nível nacional. António Marques adianta que em 2005, e depois de um estudo de mercado, tomaram a decisão de lançar "uma marca de calçado mais arrojada, que combinasse design e conforto". O empresário adianta que o feedback dos clientes, maioritariamente mulheres, "confirma o êxito do projecto" e justifica uma maior aposta na marca em várias vertentes. Uma dessas apostas, já em curso, é a criação de uma linha de acessórios, e a outra, em fase de lançamento, é a criação de uma linha de roupa, dentro da mesma "filosofia" da marca Cubanas (cores alegras, forte componente de moda e conforto).
A outra aposta passa pela criação de uma loja online, com entregas asseguradas para quase todos os países do mundo, e a abertura de lojas no estrangeiro, em número que ainda está a ser definido, o mesmo se passando em relação às localizações. Para já está em preparação a abertura de duas lojas, uma em Itália e outra na Arábia Saudita. Outra das possibilidades que estão a ser equacionadas para potenciar uma maior afirmação no mercado mundial é a de franchisar a marca.
Neste momento, e em menos de cinco anos de existência, a marca Cubanas já vende entre 70 a 80 mil pares de sapatos por ano, 90 por cento para o segmento feminino.