Di María deu magia no regresso à liderança do Benfica em Matosinhos

Foto
A noite foi de Di María e de mais ninguém Foto: Miguel Vidal

O Benfica mostrou este sábado que está em grande e arrasou o Leixões. Marcou quatro golos. Mas podiam ter sido mais. A equipa de Matosinhos, que teve como único objectivo defender, a partir do momento em que sofreu o primeiro golo acabou e só na segunda parte conseguiu ver, de vez em quando, a baliza de Quim. A sorte que Castro Santos teve frente ao FC Porto não o protegeu contra a clara superioridade encarnada.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Benfica mostrou este sábado que está em grande e arrasou o Leixões. Marcou quatro golos. Mas podiam ter sido mais. A equipa de Matosinhos, que teve como único objectivo defender, a partir do momento em que sofreu o primeiro golo acabou e só na segunda parte conseguiu ver, de vez em quando, a baliza de Quim. A sorte que Castro Santos teve frente ao FC Porto não o protegeu contra a clara superioridade encarnada.

Jorge Jesus causou alguma surpresa ao apresentar de início o jovem brasileiro Airton, que chegou há pouco mais de dois meses à Luz, depois de se sagrar campeão pelo Flamengo. Foi ele que ocupou a posição de trinco, no lugar do castigado Javi García. Não deu muito para ver as qualidades deste reforço, porque o Leixões foi sempre uma equipa encolhida. Na frente, e com alguma surpresa, Éder Luís surgia a par de Saviola, uma dupla de homens rápidos e com capacidade de ganharem as segundas bolas, em apoio ao ponta-de-lança Cardozo (muito perdulário este sábado).

O futebol do Benfica impôs-se rapidamente e a estratégia do defensivo Castro Santos foi-se desmoronando minuto após minuto. Di María começou a entrar pela direita com uma facilidade tremenda. O técnico espanhol viu-se mesmo obrigado a recuar uma das suas poucas apostas ofensivas Jean Sony para lateral para seguir o argentino. Os homens de Matosinhos ficaram praticamente sem qualquer argumento para discutir o jogo. Até porque a dirigir o encontro estava Lucílio Baptista que tem o dom de se distinguir sempre pelos disparates que comete. Foi muito por sua culpa que as poucas iniciativas de Pouga, o avançado do Leixões foram quase sempre travadas por Luisão em falta, com Lucílio a assobiar para o ar. Mas não serve isto para justificar de alguma forma a vantagem de um golo do Benfica ao intervalo. Nada disso. Quando as equipas recolheram ao balneário o resultado só pecava por escasso. Mais uma vez devido a um disparate do árbitro que anulou um golo limpo a Di María. Valeu o golo de Éder Luís, depois do brasileiro ter arriscado um remate de 25 metros (a bola ainda desviou num defesa do Leixões antes de entrar).

Na segunda parte, o Benfica continuou a mandar por completo no jogo. Teve mais um punhado de oportunidades para arredondar o resultado. Mas falhou. Algumas de forma incrível, como aconteceu com Cardozo, aos 53’, ou Di María um pouco antes. Mas o argentino não falhou, aos 59’, com um bom remate de pé esquerdo. O jogou como que se finou nesse momento, com Jorge Jesus a gerir o esforço dos seus jogadores. Di María ainda teve tempo de fazer um bonito “chapéu” no terceiro golo, após passe de Carlos Martins, e de encerrar a sua exibição com um hat-trick, após um remate de fora da área.

Ficha de jogo

Leixões,


0

Benfica,


4

Jogo no Estádio do Mar, em Matosinhos.Assistência
Cerca de 7.000 espectadores.

Leixões

Diego

5

, Nuno Silva

4

, Joel

4

, Fernando Cardozo

5

, Bruno Gallo

-

(Nélson

5

, 6’), Seabra

5

, Fernando Alexandre

6

, Paulo Tavares

5

(Didi

5

, 70’), Jean Sony

6

, Pouga

6

e Antunes

4

(João Paulo

4

, 46’).

Treinador

Fernando Castro Santos.

Benfica

Quim

6

, Maxi Pereira

6

, Luisão

5

, David Luiz

6

, Fábio Coentrão

6

, Ramires

6

, Airton

6

(Ruben Amorim

6

, 70’), Éder Luís

7

(Carlos Martins

7

, 58’), Di María

8

, Saviola

6

(César Peixoto

6

, 66’) e Cardozo

5

.

Treinador

Jorge Jesus.

Árbitro

Lucílio Batista

4

, de Setúbal.

Amarelos

Di María (23’), Nélson (35’), J.Paulo (48’), F. Coentrão (61’).

Golos

0-1, por Éder Luís, aos 28’; 0-2, por Di María, aos 59’; 0-3, por Di María, aos 76’; 0-4, por Di María, aos 87.

Notícia actualizada às 23h41