Agência Lusa vai disponibilizar milhões de imagens históricas no portal do Sapo

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Pedro Cunha (arquivo)

O arquivo de fotografias da Lusa “conta à sua maneira a história de Portugal e do mundo no último meio século, é de uma forma um pouco dispersa e irregular nas décadas mais recuadas com carácter sistemático e é quase exaustivo nas últimas duas décadas, tanto em Portugal como no mundo lusófono”, explicou o director de Informação da Lusa, Luís Miguel Viana.

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O arquivo de fotografias da Lusa “conta à sua maneira a história de Portugal e do mundo no último meio século, é de uma forma um pouco dispersa e irregular nas décadas mais recuadas com carácter sistemático e é quase exaustivo nas últimas duas décadas, tanto em Portugal como no mundo lusófono”, explicou o director de Informação da Lusa, Luís Miguel Viana.

“São, e isto é fundamental para compreender estes cerca de dois milhões de fotografias, trabalho de jornalistas, ou seja, são instantes verdadeiros, relâmpagos de realidade, momentos únicos. São tragédias, alegrias, momentos históricos convertidos em notícias. É isso que vai ficar à disposição das pessoas a partir de quinta-feira”, acrescentou Viana.

O acervo, que que está a ser recuperado e digitalizado há cerca de três anos, ficará assim acessível ao grande público, que poderá ver e utilizar gratuitamente as fotografias em baixa resolução. “Quem quiser depois comprar a fotografia em alta resolução para publicar ou para publicidade, terá de comprá-la à Lusa, sendo que as fotos terão um custo de entre 20 a 100 euros”, explicou o director comercial da agência, Luís Martins.

As fotografias provêm da Lusa, mas também da herança recebida das agências de notícias que a precederam, como a Lusitânia, a Agência de Notícias e Informação, a Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP) e a Notícias de Portugal (NP) e ainda da Agência Europeia de Fotografia (EPA).

“Grande parte do espólio de fotografias, muitas das quais ainda em filme e algumas das quais já em mau estado, foi recuperada e, neste momento, estão digitalizadas quase 2 milhões”, referiu Viana. No entanto, acrescentou, “estamos a fazer um esforço para actualizar mais, já que temos mais cerca de um milhão de negativos ainda por explorar”. Por outro lado, as cerca de 800 fotografias produzidas e recebidas pela Lusa diariamente são, já automaticamente, incorporadas no projecto.

O objectivo da iniciativa não é, segundo garantiu Luís Miguel Viana, ter lucro. “Trata-se do cumprimento de uma obrigação da Lusa para com a sociedade, disponibilizando fotos da história de Portugal e mundial num projecto português e com tecnologia portuguesa”, afirmou, sublinhando que “as receitas não são a principal preocupação e serão proporcionais ao sucesso que o serviço tiver”.