Revista "Grande Reportagem" pode voltar às bancas pelas mãos do grupo Lena

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A última vez que a "Grande Reportagem" foi editada foi em 2005 Nuno Ferreira Santos

“É ainda uma intenção. Estamos em conversações com o grupo Lena mas espero que a revista possa surgir para o ano, de preferência no primeiro trimestre”, disse ao PÚBLICO Inês Serra Lopes.

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“É ainda uma intenção. Estamos em conversações com o grupo Lena mas espero que a revista possa surgir para o ano, de preferência no primeiro trimestre”, disse ao PÚBLICO Inês Serra Lopes.

A jornalista, antiga directora do Independente e comentadora política diz ainda que o projecto contará com uma equipa, “mas será muito pequena”, e que o objectivo é publicar trabalhos internacionais de qualidade e trabalhos de jornalistas “free lancers” portugueses. “Alguns já estão mesmo a ser feitos”.

O título “Grande Reportagem”, lançado em 1984 com direcção de José Manuel Barata-Feyo, um dos mais emblemáticos do jornalismo português, surgia após o fim abrupto do programa “Grande Reportagem” da RTP, coordenado também por Barata-Feyo.

Tinha nomes na redacção como Miguel Sousa Tavares, Rui Araújo ou Joaquim Furtado, tudo jornalistas que tinham integrado a redacção do programa televisivo. “Saíram 28 números. O primeiro saiu a 7 de Dezembro de 1984 e o último a 15 de Junho de 1985”, lembrou Barata-Feyo.

Depois voltaria a aparecer em 1989, o ano em que o mundo se transformou, com a queda do Muro de Berlim. Ganhou carácter trimestral e acabaria em Março de 1990, se a editora de então, a D. Quixote não tivesse gostado tanto dos resultados e não tivesse proposto a continuação, com carácter mensal. E assim foi.

A aventura mensal acaba em 2003. Depois de um curto interregno passa a integrar os jornais “Diário de Notícias” e “Jornal de Notícias”, com periodicidade semanal, tal como na origem. Acabaria em 2005.

A propriedade do título pertence ainda à Controlinveste. Apesar da revista especializada “Briefing” ter dito esta semana que o título já teria sido comprado pelo grupo Lena pela quantia simbólica de um euro, Inês Serra Lopes frisa que tal ainda não aconteceu”.