Angola quer fábricas portuguesas de materiais de construção

"Em vez de estarmos a importar temos de levar tecnologia para produzir no local, temos de olhar para Angola como o centro de um mercado em África com 400 milhões de habitantes", salientou hoje o ministro angolano, durante uma conferência sobre mercados de elevado potencial realizada em Lisboa pela Federação Portuguesa da Indústria de Construção e Obras Públicas.

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"Em vez de estarmos a importar temos de levar tecnologia para produzir no local, temos de olhar para Angola como o centro de um mercado em África com 400 milhões de habitantes", salientou hoje o ministro angolano, durante uma conferência sobre mercados de elevado potencial realizada em Lisboa pela Federação Portuguesa da Indústria de Construção e Obras Públicas.

Em causa estão materiais e equipamentos de construção civil que abrangem materiais simples, desde os pregos e as tintas até às máquinas. "Precisamos de material que não temos, importamos tudo!", lembrou o mesmo responsável.

Higino Carneiro veio também a Lisboa dar informações sobre um programa apresentado há um mês em Luanda, que tem como meta a construção de um milhão de casas até 2012, das quais 60 por cento "em regime de auto-construção dirigida" (basicamente, disponibilização de lotes de terreno a interessados) e o restante coordenado directamente pelo Estado ou através de protocolos com empresas.

Quem vinha à procura de informação mais concreta sobre o programa em cima da mesa, saiu do encontro quase como tinha entrado: critérios de selecção das empresas, orçamento programado, detalhes de calendário, tudo isso ficou por informar. Soube-se apenas que o programa é coordenado por uma comissão nacional inter-ministerial liderada pelo primeiro-ministro, Paulo Kassoma, grupo de trabalho que se ramifica a nível das províncias.

Quanto ao ministro português Mário Lino, optou por sublinhar que "é fundamental continuar a preservar boas relações políticas entre Portugal e Angola para assegurar a igualdade de competição das empresas portuguesas com outras empresas".

Angola representa hoje o maior mercado do sector português de construção civil e obras públicas, com um peso de 60 por cento na actividade que estas empresas têm no exterior, acrescentou Mário Lino.

Prometida, da parte da Fepicop, ficou a organização de uma missão empresarial naquele país durante os próximos dois meses.

Notícia actualizada às 19h45