Fundos portugueses têm aplicados 76 milhões de euros no esquema fraudulento de Madoff

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A entidade supervisora lembra que estes valores não podem ser considerados definitivos Daniel Rocha (arquivo)

A entidade supervisora salvaguarda que “tendo em conta a particular dificuldade na obtenção da identificação de todos os activos detidos ou geridos pela sociedade em causa (Madoff) estes valores não poderão ser considerados”, por enquanto, definitivos.

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A entidade supervisora salvaguarda que “tendo em conta a particular dificuldade na obtenção da identificação de todos os activos detidos ou geridos pela sociedade em causa (Madoff) estes valores não poderão ser considerados”, por enquanto, definitivos.

A CMVM esclarece que os dados foram apurados em resultado de uma análise do impacto do efeito Madoff junto de todas as entidades sujeitas à supervisão da CMVM, iniciada na 6ª feira, dia 12 de Dezembro e que envolveu ainda um pedido de informação directo aos Conselhos de Administração de todas as entidades gestoras de fundos de investimento e de carteiras individuais.

O comunicado da CMVM adianta que “atendendo à informação actualmente disponível e às normas em vigor, as sociedades gestoras dos fundos e das carteiras individuais deverão, respectivamente, propor ou adoptar, procedimentos de revalorização dos activos expostos aos riscos da Bernard L. Madoff Investment Securities LLC”.

Acrescenta que “ em qualquer caso que as entidades gestoras devem actuar sempre em benefício dos investidores, pelo que devem desencadear todas as medidas necessárias para minimizar as perdas sofridas pelos participantes nos fundos ou pelos detentores dos activos sob gestão individual, nomeadamente tendo em vista a recuperação do investimento realizado”.