Sector imobiliário penalizado pelas restrições ao crédito bancário

De acordo com a DBK, “a deterioração da conjuntura económica e as dificuldades de acesso a financiamento, num contexto de crise financeira internacional, constituem ameaças que afectarão a curto prazo a actividade do sector imobiliário português”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

De acordo com a DBK, “a deterioração da conjuntura económica e as dificuldades de acesso a financiamento, num contexto de crise financeira internacional, constituem ameaças que afectarão a curto prazo a actividade do sector imobiliário português”.

Para os próximos tempos, as previsões no mercado residencial apontam para novo abrandamento de actividade, que “provocará uma intensificação da concorrência e uma diminuição do número de operadores, especialmente no segmento de empresas de menor diminuição e capacidade financeira”.

Em 2008, prevê a DBK, a actividade do segmento residencial voltará a descer e a produção deverá diminuir entre dois a três por cento, à semelhança do que aconteceu no ano passado, em que caiu quatro por cento.

A mesma tendência descendente vai ser sentida no número de habitações novas, que em 2007 caiu 8,8 por cento, ficando abaixo das 60 mil. No ano passado, a queda foi mais intensa nas zonas Norte (menos 18,2 por cento), Centro (menos 8,2 por cento) e Açores (menos 4,9 por cento).

Apesar de o segmento não residencial ter tido um bom desempenho no ano passado (a produção aumentou 6,8 por cento), as perspectivas não se desenham tão animadoras para os próximos tempos. Ao nível do mercado de escritórios, a DBK prevê uma diminuição da superfície nova ocupada neste e no próximo ano e um “notório abrandamento do desenvolvimento de novos projectos”.

O comportamento mais favorável, salienta a DBK, deverá vir da procura de habitações de segunda residência, consequência dos projectos actualmente em curso na zona do Algarve e do potencial deste segmento na costa alentejana.