Área ardida duplicou até 15 de Julho face a igual período de 2007

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Foram registados 4981 incêndios até até 15 de Julho Nélson Garrido (arquivo)

Os dados, disponíveis na página da Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), referem que entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2008 arderam 4685 hectares entre povoamentos (1325) e matos (3360), o que representa um aumento de cerca de 110 por cento face a período idêntico do ano passado, quando arderam 2213 hectares.

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Os dados, disponíveis na página da Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), referem que entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2008 arderam 4685 hectares entre povoamentos (1325) e matos (3360), o que representa um aumento de cerca de 110 por cento face a período idêntico do ano passado, quando arderam 2213 hectares.

Os números provisórios da DGRF mostram também que, até 15 de Julho, se registaram 4981 ocorrências, 1023 incêndios florestais e 3958 fogachos, mais 1364 do que em 2007.

No relatório, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais destaca que, quando comparados “os registos do corrente ano com os valores médios do decénio anterior (1998-2008), verifica-se que houve menos 4099 ocorrências e arderam menos 19.301 hectares.

Braga e Bragança com mais área ardida

Os maiores valores de área ardida, até 15 de Julho, verificam-se nos distritos de Braga (939 hectares) e Bragança (907), enquanto o maior número de incêndios florestais ocorreu em Vila Real e Braga (com 167 e 161 ocorrências, respectivamente).

A Autoridade Nacional de Protecção Civil faz hoje um ponto da situação da fase “Charlie”, período mais crítico de incêndios florestais, que decorre desde 1 de Julho e se prolonga até 30 de Setembro. Nos primeiros 15 dias da fase “Charlie” registaram-se 757 ocorrências e arderam 412 hectares.

No período mais crítico estão mobilizados 9803 elementos, 2360 veículos e 59 meios aéreos, três dos quais da AFOCELCA, uma associação de empresas do sector papeleiro e de celulose.

O dispositivo de vigilância, detecção e combate aos incêndios conta ainda com 240 postos de vigia espalhados por todo o país e com 35 embarcações da Autoridade Marítima.