Durão Barroso destaca capacidades portuguesas para presidência da UE

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A Europa reconhece aos portugueses capacidade para conseguirem consensos amplos, disse o ex-primeiro-ministro Carlos Lopes/PÚBLICO (arquivo)

José Manuel Durão Barroso, durante a cerimónia em que lhe foi atribuída a Medalha de Ouro da cidade de Lamego (no norte do distrito de Viseu), defendeu que Portugal tem capacidade de “defender os seus interesses e, ao mesmo tempo, o interesse geral” da Europa.

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José Manuel Durão Barroso, durante a cerimónia em que lhe foi atribuída a Medalha de Ouro da cidade de Lamego (no norte do distrito de Viseu), defendeu que Portugal tem capacidade de “defender os seus interesses e, ao mesmo tempo, o interesse geral” da Europa.

O dirigente europeu admitiu mesmo que a sua nomeação para presidente da Comissão Europeia teve “muito a ver” com o facto de ser português, porquanto a Europa reconhece aos portugueses potencial para “formar consensos amplos”, que é a melhor maneira de defender o “interesse geral” dos 27 Estados da UE.

A nossa vocação, defendeu Barroso, é demonstrar que a Europa não são “eles”, mas sim “nós”, porque em Portugal existe o conhecimento de que a Europa não é “nem pode ser” apenas um mercado, mas que é também um “projecto político”, uma “comunidade de valores” que se apoiam na ideia do desenvolvimento económico e social.

Fundos europeus devem ser bem aproveitados

Durão Barroso deixou ainda um recado para os mais cépticos em relação à construção europeia, defendendo que a Europa “não é um super-Estado que dilui as nações”, mas sim “uma obra notável de 27 países”.

A UE “é o primeiro império não imperial porque, ao contrário de outras experiências, tendo uma dimensão de império, com os seus quase 500 milhões de habitantes, não dispõe de um centro que imponha a sua vontade”, disse.

Por outro lado, considerou fundamental um bom aproveitamento dos 21.500 milhões de euros dos fundos Estruturais e de Coesão da UE que Portugal vai receber até 2013.