Felgueiras: antigo responsável do clube confirma que foi constituído arguido

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O processo consiste na investigação da legalidade do contrato firmado entre a Câmara e clube para a transacção de propriedade do estádio, em Agosto de 1999.

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O processo consiste na investigação da legalidade do contrato firmado entre a Câmara e clube para a transacção de propriedade do estádio, em Agosto de 1999.

O antigo chefe do departamento de futebol explicou, porém, que o referido contrato passou na altura pela aprovação dos vereadores da Câmara, da Assembleia Municipal, da assembleia geral do clube e do Tribunal de Contas, pelo que se manifesta "de consciência tranquila".

"Quando assinei esse contrato, fi-lo com a absoluta convicção que se tratava de um documento legal. Se foi mal feito, essa é outra questão", frisou Fernando Sampaio, acreditando que os contornos deste processo "são desmontáveis".

O inquérito policial às relações entre a Câmara Municipal local e o Futebol Clube Felgueiras indicia Fátima Felgueiras e 11 outros arguidos, ex-vereadores (do PS e do PSD) e ex-membros da direcção da colectividade.

Envolve a alegada prática de seis crimes, de peculato, fraude na obtenção ou desvio de subsídio e/ou participação económica em negócio, decorrentes de verbas dadas pela Câmara, entre 1995 e 2002, que totalizam 3,5 milhões de euros. As verbas provêm, maioritariamente, de cinco subsídios ou contratos-programa para obras e para a compra do estádio ao clube.