Caso Joana: vídeo mostra João Cipriano a admitir que agrediu a sobrinha

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João Cipriano, na foto, nunca admitiu responsabilidade na morte da criança Rui Gaudêncio/PÚBLICO

Na gravação - cuja exibição foi requerida pelo Ministério Público, com a oposição da defesa - João Cipriano responde às questões dos agentes da Polícia Judiciária, na casa em que tudo se terá passado, na aldeia de Figueira.

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Na gravação - cuja exibição foi requerida pelo Ministério Público, com a oposição da defesa - João Cipriano responde às questões dos agentes da Polícia Judiciária, na casa em que tudo se terá passado, na aldeia de Figueira.

Segundo as declarações do próprio inquirido, Joana foi agredida com "umas chapadas na cara".

"Dei-lhe duas chapadas e ela bateu com a cabeça e depois caiu no chão", disse, apontando para o local em que a menina terá caído - uma aresta viva na ombreira da porta.

De acordo com o mesmo testemunho, Leonor - a mãe da menina e irmã de João - terá então dito: "Se calhar já morreu, desmaiou e morreu", ao que João respondeu: "Vamos chamar uma ambulância".

João Cipriano dirigiu-se então à cozinha e trouxe um saco de lixo que se encontrava debaixo do lava-loiças, onde ambos terão colocado o corpo da menina, que levaram para fora de casa.

Em seguida, pegaram num balde e numa esfregona e limparam o sangue que estava no chão, de acordo com o próprio João Cipriano, que nunca admitiu directamente ter sido responsável pelo homicídio.