Fundador da Amnistia Internacional morreu ontem à noite

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Foi a detenção de dois estudantes que tinham feito um brinde à liberdade num café de Lisboa que inspirou Peter Benenson a fundar a AI em 1961 EPA

A morte do fundador da Amnistia Internacional, Peter Benenson, significou o desaparecimento de um símbolo e um homem que se diferenciou na luta pelos direitos humanos pela preocupação com o indivíduo, disse hoje uma responsável da organização.

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A morte do fundador da Amnistia Internacional, Peter Benenson, significou o desaparecimento de um símbolo e um homem que se diferenciou na luta pelos direitos humanos pela preocupação com o indivíduo, disse hoje uma responsável da organização.

"Temos de ver os direitos humanos como um todo, mas temos também de nos preocupar com os indivíduos. Esta foi a marca que Peter Benenson legou à posteridade", declarou a directora da secção portuguesa da Amnistia Internacional (AI).

Cláudia Pedra lamentou este momento "triste" e definiu Peter Benenson como "um homem que achava que era preciso agir. Falava-se de violações dos direitos humanos, mas na altura pouco se fazia".

A dirigente sublinhou que a AI "é a única organização deste género em que as preocupações estão centradas no indivíduo".

"Além de denunciar situações de violação dos direitos humanos e de intervir para melhorar a legislação, por exemplo, pretendemos ajudar os indivíduos que sofrem violações dos direitos humanos", acentuou.

Nestes 44 anos de actividade, continuou, a AI tem estado empenhada "na luta pelos direitos humanos e em salvar pessoas".

Foi um acontecimento ocorrido em Portugal que levou Peter Benenson a criar a AI em 1961, depois de ter lido um artigo que relatava a detenção de dois estudantes que tinham feito um brinde à liberdade num café de Lisboa.