Santana diz que "está montada uma mega-fraude" em torno das sondagens

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Santana Lopes comparou a situação actual com a que se verificou nas eleições autárquicas de Dezembro de 2001 Luís Forra/Lusa

Falando em Olhão, durante um jantar-comício que reuniu cerca de dois mil militantes, o presidente do PSD recordou os resultados de três sondagens divulgadas esta semana, duas das quais hoje conhecidas e outra que será tornada pública no fim-de-semana.

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Falando em Olhão, durante um jantar-comício que reuniu cerca de dois mil militantes, o presidente do PSD recordou os resultados de três sondagens divulgadas esta semana, duas das quais hoje conhecidas e outra que será tornada pública no fim-de-semana.

"Uma delas dá-nos uma diferença de sete pontos para o PS [TNS/Euroteste]; outra dá 11 [Eurosondagem]; e a terceira dá 17 ou 18 [Universidade Católica]. Gostava de saber em qual delas devemos acreditar", disse, acrescentando que "o país é o mesmo, os eleitores são os mesmos e trata-se do mesmo acto eleitoral".

"Qual o país da Europa em que tal diferença seria possível?", questionou, recorrendo ao exemplo das recentes eleições norte-americanas, com pequenas diferenças entre as previsões para Bush e Kerry, para sustentar que "quem trabalha em sondagens sabe que seria impossível" tal contradição nos números.

"Isto demonstra que está montada uma mega-fraude em torno desta matéria", asseverou.

Santana Lopes comparou a situação actual com a que se verificou nas eleições autárquicas de Dezembro de 2001, quando, até dois dias antes do sufrágio, "não houve uma sondagem que desse a vitória ao PSD" em Lisboa.

"Na altura, quando me diziam que era melhor não dizer nada, eu dizia que nós não nos podemos calar com aquilo que manipula, e de denúncia em denúncia lá chegámos a 16 de Dezembro e o povo deu-nos a vitória", disse, defendendo que o mesmo sucederá a nível nacional nas legislativas de 20 de Fevereiro.

"São os mistérios que só dia 20 de Fevereiro poderemos desvendar", afirmou Santana Lopes, garantindo que pedirá responsabilidades e abrirá processos às empresas que tiverem falhado nas previsões.