Milhares de reformados manifestam-se contra política social “criminosa” de Vladimir Putin

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A manifestação mais importante, que reuniu entre cinco mil e dez mil pessoas, realizou-se em São Petersburgo Dmitry Lovetsky/AP

A manifestação mais importante, que reuniu entre cinco mil e dez mil pessoas, realizou-se em São Petersburgo, a cidade natal do Presidente russo, onde este se encontrava depois de ter recebido, na véspera, o seu homólogo alemão Horst Koehler.

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A manifestação mais importante, que reuniu entre cinco mil e dez mil pessoas, realizou-se em São Petersburgo, a cidade natal do Presidente russo, onde este se encontrava depois de ter recebido, na véspera, o seu homólogo alemão Horst Koehler.

Um homem morreu durante a manifestação devido à manobra de um automobilista bloqueado pela multidão, informou a polícia da cidade. O incidente fez três feridos.

Os milhares de reformados - entre eles os representantes do Partido Comunista, militantes do Partido nacional-bolchevique de Eduard Limonov e do partido de oposição reformador Iabloko – desfilaram durante várias horas no centro da cidade, do bairro de Smolny à sede da administração regional.

Os cartazes denunciaram o Presidente e os seus ministros de “assassinos de idosos e dos inválidos” e de “genocídio do povo russo”.

Um outro grupo de manifestantes, que reuniu mil pessoas, bloqueou uma estrada nacional entre o aeroporto e o centro de São Petersburgo.

A governadora da cidade, Valentina Matvienko, recebeu hoje ao final do dia os manifestantes e disse à imprensa ter “informado objectivamente o Presidente (Vladimir Putin) sobre a reacção das pessoas” à sua reforma.

Desde o início da semana que a direcção russa enfrenta uma vaga crescente de descontentamento por todo o país, depois da entrada em vigor de uma reforma votada no ano passado que suprime o sistema de benefícios sociais para os reformados, inválidos e outros desfavorecidos, herdado da época soviética. Este foi substituído por compensações financeiras consideradas demasiado baixas.