Jornalista americano e repórter russa distinguidos com prémio de liberdade de imprensa

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Seymour Hersh ficou famoso pela revelação do massacre de My Lai, durante a guerra do Vietname Christian Seeling/AP

Os dois reputados jornalistas dividem o "Prémio para a Liberdade e o Futuro da Imprensa", no valor de 30 mil euros, com Britta Petersen e Hans-Martin Tillack, dois repórteres alemães.

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Os dois reputados jornalistas dividem o "Prémio para a Liberdade e o Futuro da Imprensa", no valor de 30 mil euros, com Britta Petersen e Hans-Martin Tillack, dois repórteres alemães.

Hersh, jornalista da revista "New Yorker", famoso pela revelação do massacre de My Lai, durante a guerra do Vietname, foi distinguido este ano pela investigação ao caso de abusos cometidos contra detidos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque.

Segundo o júri do prémio, o trabalho de Hersh nesta matéria contrasta com o de muitos "jornalistas americanos que cada vez mais, e de forma acrítica, se limitam a publicar as declarações do Governo".

A fundação alemã saudou também o trabalho de Politkovskaya, uma das poucas vozes críticas na imprensa russa em relação à campanha militar contra os independentistas da Tchetchénia.

A jornalista do jornal "Novaya Gazeta" adoeceu subitamente em 2004, com sintomas de envenenamento, depois de ter bebido um chá que lhe foi oferecido durante o voo entre Moscovo e a Ossétia do Norte, onde pretendia cobrir a crise de reféns na escola de Beslan. Pelo menos outros dois jornalistas acusam as autoridades russas de os terem tentado impedir de cobrir o caso, igualmente através de envenenamento.

Tillack, antigo jornalista da revista "Stern", foi distinguido pelos trabalhos de investigação sobre os escândalos financeiros na União Europeia. Por último, Petersen, correspondente no Afeganistão da edição alemã do "Financial Times", foi galardoada pela criação da Iniciativa Imprensa Livre, um grupo destinado a dar formação a jovens jornalistas afegãos.

A entrega dos prémios está agendada para 28 de Abril, em Leipzig.