Daniel Campelo recusa-se a esclarecer acordos dos "orçamentos limianos"

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José Sócrates negou ontem que tivesse participado no acordo com o antigo deputado Daniel Campelo para viabilizar os governos de António Guterres PÚBLICO

"O que fiz na Assembleia da República foi claro, a partir daí não tenho mais nada a dizer. É um assunto que está encerrado há muito tempo", disse à Lusa Daniel Campelo.

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"O que fiz na Assembleia da República foi claro, a partir daí não tenho mais nada a dizer. É um assunto que está encerrado há muito tempo", disse à Lusa Daniel Campelo.

O presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima reagia às declarações de João Soares, no debate realizado ontem à noite entre os três candidatos à liderança do PS, na SIC Notícias, que acusou José Sócrates de ter participado directamente no acordo com Campelo.

Em causa estão dois orçamentos de Estado apresentados pelo Governo liderado pelo socialista António Guterres - em que José Sócrates era ministro do Ambiente - e que foram viabilizados pelo voto de Daniel Campelo em troca de uma série de investimentos no distrito de Viana do Castelo.

"Não vou dizer nada sobre o assunto, porque não tenho nada a ver com a disputa interna no PS. Quem traz agora este assunto para a ribalta, não está a fazer mais do que um mero exercício de propaganda eleitoral", sublinhou Daniel Campelo.

O autarca disse apenas que hoje "voltaria a fazer o mesmo", ou seja, não hesitaria em furar a tendência de voto do seu partido se considerasse que o distrito por que foi eleito lucraria com isso.

No debate televisivo de ontem à noite, José Sócrates rejeitou as acusações de João Soares e negou a existência de qualquer acordo entre os Governos de António Guterres e o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima para a aprovação dos chamados "orçamentos limianos".