Sampaio emocionado pede um país mais solidário e equitativo

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O Presidente está hoje no Alentejo Paulo Relvas/Lusa

Jorge Sampaio falava no coreto do jardim da mina de S. Domingos, concelho de Mértola, após inaugurar um monumento ao mineiro, num ano em que se comemoram os 150 anos do registo da descoberta daquele filão mineiro.

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Jorge Sampaio falava no coreto do jardim da mina de S. Domingos, concelho de Mértola, após inaugurar um monumento ao mineiro, num ano em que se comemoram os 150 anos do registo da descoberta daquele filão mineiro.

"Desejo um país mais solidário, equilibrado e desenvolvido, mas não é possível fazer um Portugal assim sem esses factores", afirmou Jorge Sampaio, num discurso emotivo, perante centenas de populares e rodeado de crianças.

Depois de se congratular com o facto de alguns dos projectos de desenvolvimento da antiga localidade mineira já estarem a ser concretizados, o chefe de Estado elogiou a determinação dos alentejanos. "É este sentido de comunidade unida que se vive no Alentejo, expressa nos vossos cânticos e determinação, que eu gostaria muito de ver espalhado por todo o país", acentuou.

"Temos todos, sem excepção, de fazer um país de futuro, que não tenha apenas algumas pessoas responsáveis e outras a verem", prosseguiu Sampaio. "O que me esforço por dizer é que é muito fácil estar na Avenida da Liberdade a tomar uma bica, em especial se for nas festas de Santo António", disse o Presidente, considerando que quem toma esse café em Lisboa "não pode esquecer-se de quem está, por exemplo, na mina de S. Domingos".

"Nós não queremos Portugal transformado em montra. Deve ser preservado o património e protegida a bio-diversidade e os ecossistemas, mas queremos que a história seja posta ao serviço do desenvolvimento humano, com equilíbrio e capacidade para que estas comunidades não desapareçam", disse.