Câmara de Munique troca Windows por Linux

Segundo a mesma fonte, a multinacional Microsoft tudo fez para tentar convencer a autarquia a manter o contrato milionário.

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Segundo a mesma fonte, a multinacional Microsoft tudo fez para tentar convencer a autarquia a manter o contrato milionário.

A mudança, que incluirá a substituição do Office, da Microsoft, pelo OpenOffice, de código aberto e com um preço muito mais competitivo, custará à terceira cidade alemã 30 milhões de euros.

Os esforços do gigante norte-americano de "software" para manter o negócio levaram inclusivamente Steve Ballmer a interromper as suas férias na Suíça para visitar o presidente da Câmara de Munique. A visita-relâmpago não teve os efeitos esperados.

Um comunicado oficial da autarquia garante que a mudança para Linux fará com que a cidade tenha mais liberdade na hora de comprar produtos informáticos. "Esta decisão estratégica faz de Munique menos dependente de um fornecedor de tecnologia informática", refere o presidente Christian Ude no comunicado.

A reacção dos analistas foi, na maior parte dos casos, positiva. "É uma das maiores migrações de computadores de escritório para o sistema Linux", disse o analista Nikos Drakos, da Gartner Dataquest, com sede em Londres.

A operação será realizada através de contratos com a IBM e com a SuSE, fornecedora alemã de "software" Linux. "Podemos comparar isto à queda do Muro de Berlim", disse, por seu lado, Richard Seibt, presidente executivo da SuSE.

Por último, o porta-voz da Microsoft em Muniqu, afirmou que a sua empresa está disposta a renovar o contrato se a autarquia descobrir que certas unidades não podem ser mudadas para Linux. "Algumas aplicações não funcionam em Linux", avisou o mesmo responsável da Microsoft.