Jornalista portuguesa recebe prémio internacional das mãos de Kofi Annan

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Kofi Annan vai entregar um prémio que distingue a divulgação de esforços relacionados com desenvolvimento sustentável Franck Fife/AFP

"Trata-se de um estímulo para continuar esta luta, para continuar a trabalhar. E é ao mesmo tempo uma responsabilidade, porque aumenta as expectativas em relação ao meu trabalho", comentou a galardoada.

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"Trata-se de um estímulo para continuar esta luta, para continuar a trabalhar. E é ao mesmo tempo uma responsabilidade, porque aumenta as expectativas em relação ao meu trabalho", comentou a galardoada.

Luísa Schmidt frisou ainda que depois dos fracos resultados da Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que terminou quarta-feira em Joanesburgo, "ainda se torna mais importante continuar a trabalhar nesta área".

"Depois da Cimeira, com os resultados muito aquém do desejado, ainda se torna mais importante lutar pela articulação entre os direitos ambientais e os direitos humanos.  É muito entusiasmante trabalhar nesta área e continuar a dedicar-me à interdependência das questões ambientais, económicas e sociais", disse à agência Lusa.

Luísa Schmidt começou a escrever sobre ambiente em 1990, no semanário "Expresso", onde ainda hoje colabora, dedicou-se à investigação ambiental a partir de 1995 e foi uma das fundadoras do Observatório do Ambiente.

Actualmente, permanece como membro da direcção deste Observatório e é investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

O Prémio Internacional de Comunicação Ambiental, criado no ano passado, será entregue em Nova Iorque a Luísa Schmidt por Kofi Annan, em data que ainda não está definida.

A distinção foi criada para "encorajar a divulgação de iniciativas relacionadas com o desenvolvimento sustentável e para premiar empresas, organizações e indivíduos que comunicam eficazmente os seus esforços".

O nome da galardoada foi proposto pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e seleccionado por um comité internacional composto por peritos da Suécia, Botswana, Estados Unidos, Filipinas e Alemanha.

O Prémio Internacional de Comunicação Ambiental não tem tradução financeira, é antes um galardão de prestígio, de acordo com a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.