Movimento para criação do distrito de Lamego toma posse

Foto
O movimento lembra que as pessoas da região não são beirões nem transmontanos, mas alto-durienses Pedro Costa/Lusa

Apesar de ter sido criado em Junho do ano passado, o movimento só agora tem condições "para começar a trabalhar e constituir um exército que não está contra ninguém, mas a reivindicar a identidade da sua região", explicou o seu presidente, António Augusto Santos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Apesar de ter sido criado em Junho do ano passado, o movimento só agora tem condições "para começar a trabalhar e constituir um exército que não está contra ninguém, mas a reivindicar a identidade da sua região", explicou o seu presidente, António Augusto Santos.

"Nós nem somos beirões, nem somos transmontanos. Somos alto-dourienses. Estamos numa faixa em que ninguém nos liga, a não ser em período eleitoral", justificou, em declarações à Lusa.

Segundo os responsáveis do movimento, estão na área de influência de Lamego os concelhos de Resende, Cinfães, Tabuaço, Armamar, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Penedono, Moimenta da Beira, Tarouca (actualmente incluídos no distrito de Viseu), Meda e Foz Côa (pertencentes à Guarda).

Os responsáveis do movimento justificam as suas pretensões lembrando que Lamego é a única diocese católica do país que não é também distrito. Da mesma forma, afirmam que a região perde força por nunca se ter autonomizado. "Onde está o novo hospital que prometeram? E o IP3 que nunca mais se completa?", questionou Augusto Santos, igualmente provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lamego.

Por outro lado, "os serviços que estavam cá radicados fugiram todos para as capitais de distrito", acrescentou, lembrando que isso obriga as pessoas a fazerem longos percursos para tratar dos seus assuntos. "Para os serviços de Agricultura temos de ir a Mirandela, dos Correios a Bragança, do Ensino ao Porto e de Saúde a Coimbra", afirmou, lamentando "a confusão absolutamente inacreditável" em que as pessoas vivem.