Mais três vítimas de acidentes de viação são sepultadas hoje em Famalicão

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A maioria dos acidentes mortais ocorre nas estradas da própria vila Público

De acordo com José Reis Moreira, o presidente da junta desta pacata vila de treze mil habitantes, "quarenta por cento dos óbitos registados em Ribeirão são de jovens que morreram em acidentes de viação". Um número confirmado por Joaquim Fernandes, o pároco da freguesia, cujas cerimónias fúnebres que realizou nos últimos anos "ou foram de idosos que morreram de velhice ou de jovens que morreram na estrada". Nos funerais desta manhã, o sacerdote até nem sabe o que dizer na homília. "Já são tantos os mortos", refere Fernandes, como se já tivesse esgotado o "manual" das palavras capazes de consolar os pais, os filhos, os maridos e as esposas dos jovens mortos em acidentes. Apesar de algumas das vítimas falecerem fora da terra onde residiam, a maioria dos acidentes mortais ocorre nas estradas da própria vila. No topo da lista dos locais mais odiados pelos moradores em Ribeirão está a "recta do Senhor dos Perdões", um troço da Estrada Nacional nº 14 (EN 14) que liga o Porto a Braga e que é particularmente mortífero. A via atravessa a freguesia e, sobretudo no tempo da chuva, não há dia em que não haja um acidente. Para além das muitas vítimas que ficam com mazelas para toda a vida, os que morrem são tantos que Reis Moreira já lhes "perdeu a conta". "Na altura, a gente fala, mas depois até faz por se esquecer", desabafa.
Contudo, na memória de muitos está ainda o acidente, no ano passado, em que perderam a vida dois jovens de Ribeirão (um deles jogador de futebol nas equipas jovens do Futebol Clube do Porto). E ainda aquele em que faleceu o filho de um jornalista de Famalicão. E o outro em que pereceram duas estudantes universitárias. E os muitos outros em que gente dos mais variados locais ficou ferida "no corpo e na alma" para toda a vida.

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De acordo com José Reis Moreira, o presidente da junta desta pacata vila de treze mil habitantes, "quarenta por cento dos óbitos registados em Ribeirão são de jovens que morreram em acidentes de viação". Um número confirmado por Joaquim Fernandes, o pároco da freguesia, cujas cerimónias fúnebres que realizou nos últimos anos "ou foram de idosos que morreram de velhice ou de jovens que morreram na estrada". Nos funerais desta manhã, o sacerdote até nem sabe o que dizer na homília. "Já são tantos os mortos", refere Fernandes, como se já tivesse esgotado o "manual" das palavras capazes de consolar os pais, os filhos, os maridos e as esposas dos jovens mortos em acidentes. Apesar de algumas das vítimas falecerem fora da terra onde residiam, a maioria dos acidentes mortais ocorre nas estradas da própria vila. No topo da lista dos locais mais odiados pelos moradores em Ribeirão está a "recta do Senhor dos Perdões", um troço da Estrada Nacional nº 14 (EN 14) que liga o Porto a Braga e que é particularmente mortífero. A via atravessa a freguesia e, sobretudo no tempo da chuva, não há dia em que não haja um acidente. Para além das muitas vítimas que ficam com mazelas para toda a vida, os que morrem são tantos que Reis Moreira já lhes "perdeu a conta". "Na altura, a gente fala, mas depois até faz por se esquecer", desabafa.
Contudo, na memória de muitos está ainda o acidente, no ano passado, em que perderam a vida dois jovens de Ribeirão (um deles jogador de futebol nas equipas jovens do Futebol Clube do Porto). E ainda aquele em que faleceu o filho de um jornalista de Famalicão. E o outro em que pereceram duas estudantes universitárias. E os muitos outros em que gente dos mais variados locais ficou ferida "no corpo e na alma" para toda a vida.