Constituída Sociedade Portuguesa de Suicidologia

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As adolescentes são as que tentam mais o suicídio ao utilizar «o corpo como forma de revolta e de lidar com problemas afectivos» DR

A sociedade científica integra 70 sócios fundadores oriundos de todo o país, entre eles psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos e outros técnicos de saúde mental e investigadores dos comportamentos suicidários. Psiquiatras como Daniel Sampaio, fundador do Núcleo de Estudos Suicidas de Lisboa, Adriano Vaz Serra, professor catedrático e director da Clínica de Psiquiatria dos HUC, e Carlos Braz Saraiva, coordenador da Consulta de Prevenção do Suicídio da mesma unidade hospitalar, são alguns nomes que fazem parte da sociedade, indica a Lusa. Braz Saraiva, enquanto membro da comissão instaladora da sociedade, até às eleições para a direcção em Janeiro, refere que uma das primeiras questões que a sociedade pretende analisar é se por um lado o suicídio consumado está a diminuir, por outro se as tentativas de praticar o acto continuam a aumentar.
O psiquiatra explica que "um trabalho feito pela consulta de prevenção de Coimbra indicia que o número de tentativas de suicídio de doentes observados em urgências hospitalares deve ser 30 vezes mais do que o número de suicídios consumados". Analisando a situação do ano passado, Braz Saraiva considera preocupante o registo de 650 suicídios consumados.
Entre o grupo que mais tentativas de suícidio faz, as adolescentes são a maioria, ao utilizar "o seu corpo como forma de revolta e de lidar com problemas afectivos", acrescenta o psiquiatra, sublinhando, no entanto, que são os homens com mais de 40 anos que mais vezes concretizam o acto.
Além estudar as causas do aumento das tentativas de suicídio nos últimos dez anos ou prestar cuidados de saúde, a sociedade vai ainda reforçar a representação de Portugal em organismos internacionais, em especial na Associação Internacional de Prevenção do Suicídio, e a dinamização de simpósios, congressos e reuniões científicas sobre o tema.

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A sociedade científica integra 70 sócios fundadores oriundos de todo o país, entre eles psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos e outros técnicos de saúde mental e investigadores dos comportamentos suicidários. Psiquiatras como Daniel Sampaio, fundador do Núcleo de Estudos Suicidas de Lisboa, Adriano Vaz Serra, professor catedrático e director da Clínica de Psiquiatria dos HUC, e Carlos Braz Saraiva, coordenador da Consulta de Prevenção do Suicídio da mesma unidade hospitalar, são alguns nomes que fazem parte da sociedade, indica a Lusa. Braz Saraiva, enquanto membro da comissão instaladora da sociedade, até às eleições para a direcção em Janeiro, refere que uma das primeiras questões que a sociedade pretende analisar é se por um lado o suicídio consumado está a diminuir, por outro se as tentativas de praticar o acto continuam a aumentar.
O psiquiatra explica que "um trabalho feito pela consulta de prevenção de Coimbra indicia que o número de tentativas de suicídio de doentes observados em urgências hospitalares deve ser 30 vezes mais do que o número de suicídios consumados". Analisando a situação do ano passado, Braz Saraiva considera preocupante o registo de 650 suicídios consumados.
Entre o grupo que mais tentativas de suícidio faz, as adolescentes são a maioria, ao utilizar "o seu corpo como forma de revolta e de lidar com problemas afectivos", acrescenta o psiquiatra, sublinhando, no entanto, que são os homens com mais de 40 anos que mais vezes concretizam o acto.
Além estudar as causas do aumento das tentativas de suicídio nos últimos dez anos ou prestar cuidados de saúde, a sociedade vai ainda reforçar a representação de Portugal em organismos internacionais, em especial na Associação Internacional de Prevenção do Suicídio, e a dinamização de simpósios, congressos e reuniões científicas sobre o tema.