Portugal reduz contingente no Afeganistão de 230 para 158 militares em Outubro

Ministro da Defesa diz não saber como será a estratégia depois de 2014 e até lá só tem previsto um financiamento de um milhão de euros para as Forças Armadas afegãs.

Foto
Os militares portugueses estão actualmente a cumprir missão de segurança no aeroporto de Cabul. Filipe Arruda

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou que Portugal reduzirá a presença no Afeganistão de cerca de 230 para 158 militares em Outubro, mas que ainda não há previsões para depois de 2014.

“Dentro da calendarização estabelecida de forma gradual e coordenada, Portugal começará a reduzir o seu efectivo no Afeganistão a partir de Outubro, data em que está previsto deixarmos de participar na missão de apoio à segurança do aeroporto de Cabul. Deixaremos de ter um contingente de cerca de 230 militares para termos 158 militares”, anunciou o governante português.

Aguiar-Branco falava numa conferência de imprensa conjunta com o secretário da Defesa norte-americano, Leon Panetta, no Forte de São Julião da Barra. O ministro da Defesa vincou que “Portugal permanece fiel ao princípio que foi estabelecido em Lisboa [na cimeira da NATO em 2010] e que se resume à expressão ‘together in, together out’ (juntos na entrada, juntos na saída)”.

O responsável pela pasta da Defesa Nacional disse ainda que Portugal “acompanhará de perto” a evolução dos países da NATO em relação à missão no Afeganistão, “que poderá ter desenvolvimentos já na próxima reunião de ministros da Defesa”, em Fevereiro.

“Será com base nesse acompanhamento e na análise conjunta que definiremos a nossa posição. Neste momento, ainda não temos nenhuma situação prevista para lá do financiamento na ordem de um milhão de euros [das forças afegãs]”, disse Aguiar-Branco depois de questionado sobre o cenário após 2014, ano em que está prevista a transferência total da liderança das operações militares e de governação para o Governo afegão.

O ministro português fez questão ainda de frisar que “os motivos da intervenção no Afeganistão residem no combate ao terrorismo” e que “é bom relembrar esses motivos para que nunca se deixe de considerar a sua importância”.
 
 

Sugerir correcção
Comentar