Livre/Tempo de Avançar leva pizza aos jornalistas à porta de Sócrates

Plataforma considera que não está a ter a atenção que merece por parte da comunicação social neste tempo de pré-campanha.

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Imagem divulgada pela plataforma Livre/Tempo de Avançar nas redes sociais. D.R.

Se Maomé não vai à montanha… o Livre/Tempo de Avançar leva pizza aos jornalistas que estão “à porta da “casa mais vigiada do país” e de caminho entrega também propaganda eleitoral. Esta podia ser a descrição do que aquela plataforma política resolveu fazer esta terça-feira, em Lisboa.

Por considerarem que não estão a ter a atenção que merece por parte da comunicação social, alguns dirigentes do Livre/Tempo de Avançar, optaram por uma acção de campanha diferente e foram à procurada dos media onde eles estão desde sábado, na rua.

Inspirados no episódio do entregador de pizzas que foi questionado insistentemente pelas televisões no sábado à noite à porta da casa onde José Sócrates se encontra em prisão domiciliária, vários elementos do Livre/Tempo de Avançar levaram pizzas aos jornalistas que ali se encontram e cobriram as caixas com panfletos das propostas da plataforma.

Uma das activistas dirigiu-se aos jornalistas e operadores de câmara que estavam no local e disse-lhes saber que “não podem sair” dali “porque têm de estar onde está a notícia e não podem cobrir a campanha eleitoral da forma que gostariam”.

Em tom irónico acrescentou: “Nós aproveitámos, viemos alimentar-vos e agradecer o vosso trabalho e já agora apresentar a agenda do movimento Livre/Tempo de Avançar. Têm também aqui as nossas propostas. Enquanto almoçam, se quiserem ler e se quiserem debater alguma coisa, nós estamos aqui.”

Outro dirigente distribuiu também o jornal de campanha e a agenda de propostas da plataforma que tem como cabeças de lista por Lisboa o eurodeputado Rui Tavares e a ex-bloquista Ana Drago.

Ninguém estendeu a mão para receber as caixas de pizzas de pepperoni e extra-queijo – os mesmos ingredientes do pedido de sábado passado, mas que os dirigentes do Livre/Tempo de Avançar dizem ter sido escolhidos “por acaso”.

Depois desta acção, o Livre/Tempo de Avançar divulgou-a nas redes sociais e por SMS, dizendo querer "contribuir para o debate eleitoral" e rematando que "se Maomé não vai à montanha..."

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