José Sócrates: Plano Tecnológico é uma peça essencial da política económica

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José Sócrates diz que este não é um plano "pensado para as próximas eleições, é pensado para as próximas gerações" Paulo Carriço/Lusa

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que o Plano Tecnológico é uma "peça essencial" da política económica do Governo para responder de vez aos problemas estruturais que têm afectado o crescimento económico de Portugal.

José Sócrates, que falava durante a cerimónia de apresentação pública do Plano Tecnológico, disse que este não é um plano "pensado para as próximas eleições, é pensado para as próximas gerações", cita a Lusa.

"Portugal tem de responder a três desafios ao mesmo tempo: pôr as contas do Estado em ordem, criar um melhor ambiente para os negócios para que a confiança regresse ao país e vencer a batalha da qualificação e modernização tecnológica", disse o primeiro-ministro.

O Plano Tecnológico será "fundamental" para prosseguir estes objectivos, considerou José Sócrates, que defende não se poder "ficar apenas pela redução do défice orçamental", esperando dar uma nova energia à economia.

José Sócrates admite que o Plano Tecnológico já vem tarde, defendendo a "urgência da execução". "Vivo dominado pela ideia da urgência. Não há tempo a perder", desabafou.

Este é "um plano ambicioso e inconformista", defendeu Sócrates, "que exige persistência e concretização de esforços nos próximos anos" para o "sucesso do país".

Governo quer duplicar investimento em investigação e desenvolvimento

O Governo quer duplicar o investimento português em investigação e desenvolvimento até 2010, para 1,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), segundo as metas previstas no Plano Tecnológico.

No Plano Tecnológico, aprovado hoje em Conselho de Ministros e apresentado agora oficialmente, o Executivo define como objectivo a quase duplicação de investimento público em investigação e desenvolvimento, dos 0,6 por cento do PIB registados em 2002 para um por cento do PIB em 2010.

Estabelece também como meta que a despesa das empresas em investigação e desenvolvimento quase triplique no mesmo período, passando dos 0,3 por cento do PIB apurados em 2002 para 0,8 por cento.

O investimento total passará, desta forma, de 0,9 por cento do PIB em 2002, para 1,8 por cento da riqueza produzida no final da década.

O PÚBLICO revelou no fim-de-semana passado as principais medidas do Plano Tecnológico, que o Governo apresentou hoje oficialmente, e lançou um blogue para promover a discussão do documento (http://blogs.publico.pt/planotecnologico/default.htm).

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