Candidatos à câmara de Viseu foram todos à feira

Os cinco candidatos ao município distribuíram brindes como canetas e caixas para comprimidos e recolheram sugestões na feira semanal.

Não faltaram canetas, lápis e até caixinhas para comprimidos, uma ideia da candidatura do CDS-PP. As cores azul, vermelho e laranja viam-se espalhadas pelo recinto conforme as respectivas comitivas passavam com as suas bandeiras.

O PS optou pelos bombos que iam abrindo caminho, enquanto o PSD deixou numa das entradas um carro de onde saía a música oficial da campanha.

Mais comedidos, os candidatos da CDU e do Bloco de Esquerda apenas tinham para oferta panfletos com o programa autárquico. “Não andamos para aqui a fazer nenhum arraial. O que nos interessa é o contacto com a população e a distribuição da informação”, justificou Francisco Almeida, candidato da CDU. Uma estratégia também seguida por Manuela Antunes, do Bloco de Esquerda, que aproveitou para deixar um manifesto com a actividade que o partido desenvolveu na Assembleia Municipal.

Os candidatos chegaram logo pela manhã. Às 8h00 já a comitiva do Bloco de Esquerda estava no recinto. O contacto foi rápido e cedo porque era a “única hora disponível dos candidatos”. Por volta das 9h00 começaram a chegar as outras comitivas. A CDU ocupou uma das entradas, enquanto PS, PSD e CDS-PP optaram por percorrer todo o recinto, mas sempre por zonas opostas.

O único contacto entre candidatos foi protagonizado por José Junqueiro (PS) e Francisco Almeida (CDU) e o tema de conversa entre os dois acabou por ser o aniversário do deputado comunista Bernardino Soares.

Entre comerciantes e clientes, os candidatos foram ouvindo queixas e pedidos. Alguns desabafos também de quem se mostrava indignado por “andarem aqui a 'enfeirar' porque não têm mais nada para fazer”.

Mas para os candidatos a ida à feira serve de barómetro para testar a popularidade e para recolher sugestões. Assim aconteceu, por exemplo, com o candidato do CDS-PP, Hélder Amaral, que foi abordado por várias pessoas que lhe apresentaram queixas sobre situações como a falta de rampas para deficientes e até problemas de segurança num mini-mercado. Em resposta, o candidato disse que se for eleito irá “tratar todos os munícipes por igual” e atempadamente resolver os seus problemas. “Prefiro ouvir as pessoas e depois arranjar soluções.”

Já a Almeida Henriques, candidato do PSD, houve quem lhe tivesse vaticinado que “ser presidente de câmara” é o futuro. O candidato agradeceu e deixou a promessa que os viseenses podem contar com a sua equipa para “continuar a trabalhar”.

Na comitiva do PS, o optimismo era grande quanto a resultados autárquicos, mas os desabafos de alguns populares não eram tão satisfatórios. “Vocês façam tudo pelos velhotes”, pediu uma eleitora que disse ainda estar indecisa quanto à sua intenção de voto.

“Este contacto na feira é muito importante porque encontramos aqui pessoas de todo o concelho. Somos abordados devido a problemas locais, como a falta de saneamento ou os buracos na rua, mas também falam de assuntos que preocupam a todos, como a falta de emprego”, disse José Junqueiro.

As canetas, os lápis, os pins e até as caixinhas de comprimidos foram bem aceites por quem passou pela feira.

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