cartas à directora 01/09

Necessidades do país

Quando enquanto portugueses temos a noção das necessidades do país relativamente ao que é essencial para o desenvolvimento da economia, e adiamos a concretização de projectos prioritários, estamos também a adiar a mudança de estatuto do nosso país, o que não é uma boa estratégia, se tivermos em conta que não adianta ter boas estruturas, se depois as mesmas não se desenvolvem.
Motor da economia nacional, a 160 quilómetros a sul de Lisboa, situa-se a maior estrutura portuária do país, vocacionada não apenas para receber todos os tipos de navios, mas também para movimentar todos os tipos de carga, sendo de destacar o enorme aumento de carga contentorizada que passa pelo maior porto de águas profundas da Península Ibérica.
Vocacionado também para transhiment, do terminal de contentores de Sines saem cerca de 100 comboios de carga contentorizada para o território nacional, atingindo cerca de 20% deste tipo de carga que transita por Sines.
Com uma capacidade única em Portugal, pela sua dimensão, pelo crescente número de navios que demandam este porto e pelo crescente número de comboios que distribuem a carga pelo território nacional, é tão importante quanto urgente uma ligação ferroviária modernizada que possa corresponder aos desafios de um futuro que se avizinha promissor.
Américo Lourenço, Sines

Contra os baldes de água

É uma moda que veio de fora e começou a ser imitada e todos riem muito. Refiro a levar com balde de água, aparecer na TV e parece que fazem um donativo para uma associação ligada à esclerose. Encontrar maneiras de sensibilizar as pessoas a fazerem donativos para causas tão importantes como esta está correcto. Mas… desperdiçar litros de água? Então as tais apelidadas figuras públicas não foram, não estão sensibilizadas para que a água é um bem que tem de ser poupado? Então para que serviram e servem as campanhas de poupança de água? E as crianças que morrem todos os dias porque não têm água? Por que é que as tais figuras públicas não fazem o pino? Também dava para rir.
Maria Clotilde Moreira, Algés

Mesmo assim

Assim fossemos nós, verdadeiramente criativos. Com certeza se não me preocupar com essa ideia rígida da nova ortografia consigo ser verdadeiramente mais criativo. Mesmo assim pretendo transmitir-vos a importância da intensa criatividade que se respira na Barcelona contemporânea que acabo de deixar. Apesar do Verão, neste Agosto, também em Barcelona, não esteve  muito calor. As festas da Grácia continuam a ser um cartaz imperdível: simples, bonito e muito cordial; a cerveja nas esplanadas é cara, mas nas barraquinhas é acessível. A diversidade populacional é espantosa. Os museus, tirando o tradicional Picasso pelo excesso de visitantes, são muitos e, mesmo no Verão, pode-se ver excelentes exposições: comece pelo MACBA. No Passeio da Grácia, talvez um dos melhores CC ao ar livre, pode comprar tudo do melhor: desde o pronto-a-vestir ao design da VINÇON. Partilha-se a tolerância da vivência entre géneros e outros animais mais domésticos. Respira-se o conceito de ser agradável à vista para si próprio e para os outros. Comparado com isto só encontro a leitura do PUBLICO no Kindle.
Gens Ramos, Porto

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