Juventus levou Pirlo a Milão para reivindicar o scudetto

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A bola entrou na baliza de Buffon, mas o ábitro não viu Foto: Olivier Morin/AFP

Milan deixou escapar vantagem de um golo, empatou e fica agora refém do rival de Turim na recta final da Série A. Juventus está na rota do título, que lhe foge desde 2003.

O sonho do administrador da Juventus Beppe Marotta era ir a Milão vencer com dois golos de Pirlo. Teria um duplo sentido: aquele que foi o cérebro do Milan nas últimas 10 temporadas (2001-2011) fugiu para Turim e, vencer em San Siro, seria um duro golpe no rival rumo ao scudetto, duplamente severo se fosse graças a Andrea Pirlo. O empate 1-1 também não deve deixar Marotta infeliz e isso, o dirigente bianconero bem pode agradecer a Matri e ao árbitro.

A Matri porque o golo que deu o empate deixa a Juventus muito bem encaminhada para chegar ao título — o clube mais titulado em Itália (27 campeonatos) não vence o scudetto desde 2003, tendo passado mesmo pela Série B. Ir ao Giuseppe Meazza discutir o primeiro lugar trouxe o orgulho de volta ao emblema de Turim. Mas não foi só Matri a ajudar a Juve, o árbitro Paolo Tagliavento não viu a bola dentro da baliza de Gigi Buffon (foi buscar a bola pelo menos 20 centímetros para lá da linha de golo após o cabeceamento de Muntari) e impediu o Milan de chegar ao 2-0.

Ao intervalo, com 1-0 a favor dos rossoneri, Robinho despejou toda a raiva em frente à televisão. “Foi tão claro que é incrível que o golo não tenha sido validado. Isto pode decidir o scudetto”, desabafou o brasileiro à Sky Sport italiana. O avançado do Milan tinha razão.

Antonio Nocerino deixou o estádio em erupção aos 15 minutos, quando marcou o golo. O Milan, campeão, mostrava os galões. Há um ano, os milanistas quebraram a hegemonia do inimigo Inter, vencedor consecutivo em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, e agora tentam revalidar o título, esquecendo-se da Juventus, perdida nestas andanças e que resolveu agora aparecer.

A Juve é a única equipa dos principais campeonatos europeus que ainda não perdeu. Foi assim que entrou e saiu de San Siro — invicto. Foi um jogo especial para Pirlo, mas também para Marco Borriello, que pelo Milan enfrentou a anterior equipa. Allegri não pôde contar com Zlatan Ibrahimovic, que perdeu o apelo nos três jogos de suspensão, nem com os lesionados Maxi Lopez, Boateng, Seedorf, Aquilani, Flamini, Merkel, Cassano, Strasser e Gattuso. Por isso Alexandre Pato teve uma rara chance de participar no ataque com Robinho e Emanuelson. Mas não foi suficiente.

O ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi, patrão do Milan, estava nas bancadas, e viu a sua equipa deixar fugir a vantagem a sete minutos do fim. Que pode bem ter sido fatal.

Na luta pelo scudetto, Mialn mantém um ponto de vantagem sobre a Juventus (51 para 50), mas a formação de Turim tem um jogo em atraso. As duas equipas só se igualarão no dia 7 de Março, quando a Juve enfrentar o Bolonha, um jogo que foi adiado devido à neve. Na próxima ronda, recebe o Chievo enquanto os milanistas defrontam o Palermo.

Na outra partida de ontem, o Parma teve a vitória na mão com uma vantagem de dois golos, mas deixou-se empatar na casa do Génova nos descontos do segundo tempo, quando Palacio marcou e selou o 2-2. Com este resultado, o Génova chegou aos 31 pontos, 10.º lugar. Já o Parma tem dois pontos a menos e é em 13.º.

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