Há uma mancha preta e branca a caminho do Jamor

Mais de 200 autocarros saíram esta manhã de Guimarães rumo ao Jamor. Hoje o Vitória enfrenta o Benfica na final da Taça de Portugal.

Paulo Pimenta
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Paulo Pimenta

5h30. O sol ainda não tinha nascido e já Guimarães andava de cachecóis ao peito, bandeiras em punho. Filas de 220 autocarros saíram da cidade berço rumo ao Jamor, nas últimas horas da madrugada. São os "conquistadores", os "filhos de Afonso Henriques", os que levam ao peito o "Vitória até morrer", lê-se nas t-shirts dos adeptos que descem o país com a esperança de levar "o caneco" para o Minho.

"Vai ser sofrido, mas vamos trata-los 'do piorio'", essa é a promessa de Ricardo "Toni" Pinto. Veio de Espanha por "não haver festa no mundo maior que o Vitória". Em Guimarães, não há outro clube, garantem estes adeptos.

Armando da Costa e o primo fizeram mais de dois mil quilómetros desde Schwelm, na Alemanha, até à cidade minhota. É a terceira final da Taça de Portugal que vê nas cadeiras do Jamor. A terceira a que leva bandeira preta e branca, agora na janela traseira do autocarro, onde segue com amigos e familiares. Leva-a para todo o lado há 20 anos. "É a primeira coisa a pôr na mala".

No autocarro, os cânticos espelham o ânimo dos adeptos: "Eu sei que dói, mas eu sei que é lindo". "Vitória, Vitória. É a hora", canta-se a bordo.

Paulo Pimenta
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