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O renascer de uma fábrica de tapeçaria com 296 anos

Reuters/Susana Vera
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Em 2015, vários dos antigos empregados da Real Fábrica de Tapeçaria, em Madrid, ficaram meses sem receber o ordenado, com o futuro da fábrica histórica em suspenso. A crise financeira em Espanha arrastou consigo também o mercado de tapeçarias e tapetes trabalhados à mão. Um metro quadrado de um destes tapetes pode custar milhares de euros. Além disso, são precisos meses de trabalho qualificado para os tecer, dependendo da quantidade de seda, lã e fios de ouro e prata utilizada num processo que pouco mudou desde o século XVIII.

"Nós lutámos muito", diz Jose Antonio Carbajal, empregado na fábrica há mais de 40 anos. "Tenho a minha casa, mas havia pessoas que tinham hipotecas para pagar e sofreram ainda mais”. Aos 59 anos, Carbajal tem em mãos uma tapeçaria de 1982, do Massacre de Sabra e Chatila, em Beirute, encomendado por um cliente libanês. O tapete tem 21 metros quadrados e irá demorar aproximadamemte três anos até estar finalizado. Por agora, Carbajal acredita que o seu emprego está seguro. A fábrica, que detém uma colecção valiosa de tapeçaria de artistas espanhóis, como Francisco de Goya, recebeu uma das suas maiores encomendas em 200 anos – 32 tapeçarias - do governo regional alemão da Saxônia. Para além disso, recebeu financiamento público e desenvolveu um plano de reestruturação da dívida, tendo aumentado o número de trabalhadores de 36 para 60, devido às novas encomendas.“Disseram-me que esta indústria não ia durar muito mais”, disse Carbajal. “Mas já passaram 43 anos e ainda estou aqui”.

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