Artes

Alberto Carneiro regressa ao Museu de Serralves

Nelson Garrido
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Nelson Garrido

“A arte é uma metáfora que leva à consideração poética do ser”. Mas ela não existe sem o espectador, que o artista tem obrigação de convocar para a obra. É com estas premissas que Alberto Carneiro (n. São Mamede do Coronado, Trofa, 1937) apresenta a sua nova exposição no Museu de Arte Contemporânea de Serralves (MACS), Porto. Chama-se Arte Vida/ Vida Arte – Revelações de energias e movimentos da matéria, e inaugura esta sexta-feira, dia 19.

Pensada como um percurso fluido em 21 momentos, a exposição aproveita ao máximo a luz do edifício desenhado pelo arquitecto Álvaro Siza. E também a relação íntima que Carneiro mantém, desde o início da sua carreira nos anos 1960/70, com a natureza e a matéria.

“Cada obra de Alberto Carneiro pressupõe o facto de uma nova forma de arte ser também uma nova forma de vida (…). Os materiais da [sua] escultura provêm da natureza e será na natureza que se reencontram com a sua condição de arquétipos”, escreve no catálogo da exposição João Fernandes, ex-director do MACS e ainda responsável pela programação desta nova mostra de Carneiro em Serralves (depois da Antológica de 1991).

Perante as “esculturas” que fez a partir das raízes e troncos de laranjeiras, das vinhas e de bambus, muitas deles provenientes do seu quintal ou do de amigos na sua aldeia natal no concelho da Trofa, Alberto Carneiro fala do “sortilégio” que essa matéria lhe oferece. “Eu vibro mais com isto do que com a Mona Lisa – e considero-me uma pessoa culta em relação à arte. Mas não a mitifico. A essência da beleza da Mona Lisa e do Moisés, encontrámo-la também aqui”, diz.

Filipe Braga
Filipe Braga
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Filipe Braga
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