África

A Tunísia à espera dos turistas

Há um ano 39 turistas foram mortos num ataque reinvidicado pelo Estado Islâmico. Um ano depois, a indústria do turismo na Tunísia encontra-se num panorama difícil de reverter.

Zohra Bensemra / Reuters
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Zohra Bensemra / Reuters

As marcas das balas ainda estão nas paredes do Imperial Marhaba, em Sousse, na Tunísia. Mas as portas do hotel estão fechadas. Foi aqui que, há um ano, 39 turistas foram mortos num ataque reinvidicado pelo Estado Islâmico. Um ano depois, a indústria do turismo na Tunísia continua a debater-se com um panorama complicado de reverter. Em 2015 o país recebeu apenas 5,5 milhões de visitantes, um dos valores mais baixos em décadas. Após o ataque em Sousse, que foi antecedido por outro ataque terrorista uns meses antes no museu Bardo, em Tunes, muitas agências de turismo e empresas de cruzeiros cancelaram os seus pacotes de viagens. Na Tunísia, o Turismo representa 8% do Produto Interno Bruto e é responsável por milhares de empregos. A quebra de receitas na ordem dos 35% reflectiu-se também na cotação do dinar em relação ao euro e ao dólar, que se encontra em mínimos históricos. Os especialistas acreditam que em 2016 a tendência de quebra no número de turistas deverá manter-se. Mesmo tendo em conta que as medidas de segurança foram reforçadas de imediato após o ataque e que assim se mantiveram, principalmente junto a hotéis e a locais turísticos. A Ministra do Turismo, Salma Rekik, afirmou à agência Reuters que apelou aos líderes europeus para que apoiem o país, suspendendo as recomendações para que os seus cidadãos não viajem para este país africano. Em Sousse, num resort com 90 hotéis e capacidade para 40 mil camas, encontram-se actualmente cerca de 9 mil visitantes. Em anos anteriores, e no mês de Junho, a lotação chegava a esgotar. Metade dos turistas que agora estão em Sousse são russos, o novo público-alvo da indústria, a par dos vizinhos argelinos. O Hotel Imperial Marhaba continua fechado. Tal como outros hóteis em Sousse, que acabaram por fechar à medida que o número de turistas diminuiu. O gerente do Marhaba diz que deverão reabrir no próximo ano, mas com um novo nome: o Kantaoui Bay vai estar à esperar de turistas.

Zohra Bensemra / Reuters
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