Reitoria da Universidade do Porto em obras para receber grande museu

Instalação de elevadores e remodelação de salas servem para receber um espaço museológico diferente e mais voltado para a população geral

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A reitoria da Universidade do Porto Paulo Ricca

O edifício da Reitoria da Universidade do Porto (UP), na Praça de Gomes Teixeira, está a preparar-se para receber um sonho antigo: um grande museu universitário, que reúna o espólio dos museus da História Natural e da Ciência e sirva como agregador de outras colecções da instituição. As obras começaram no último trimestre do ano passado e devem prolongar-se até meados de 2016.

Em 2013, o director do Museu da História Natural da UP, Nuno Ferrand, anunciava que iam avançar obras naquele espaço, para que ele pudesse reabrir em 2014. Os trabalhos não chegaram, contudo, a avançar, à medida que o projecto mais global de todo o espólio universitário se ia desenhando. A oportunidade acabou por surgir, no ano passado, com a aprovação de financiamento comunitário ainda do anterior quadro, na ordem dos 466 mil euros, para um investimento elegível de 549 mil euros.  

O Museu de História Natural da UP fechou definitivamente as portas até à conclusão das obras e as salas interactivas do Museu da Ciência, maioritariamente vocacionadas para escolas mas não só, encerraram ao público a 25 de Fevereiro. Apesar de o programa museológico global ainda não estar fechado (o que deverá acontecer nas próximas semanas), a “grande obra” para o concretizar é a que está agora a decorrer, explicou ao PÚBLICO fonte da Reitoria da UP.

O projecto fez uma divisão “diagonal” do edifício, com os espaços que se estendem ao longo da fachada principal e da voltada para a Praça de Parada Leitão a continuarem ocupados pelos serviços administrativos da Reitoria, enquanto a parte traseira e a da fachada voltada para os Clérigos será ocupada pelo novo museu, espalhado pelos quatro pisos do edifício. É, portanto, nesta zona, que estão concentrados os trabalhos que incluem a remoção de algumas paredes, a instalação de elevadores e “a reformulação de salas completas”, diz a mesma fonte.

Em curso estão também os trabalhos na Casa Andresen, no Jardim Botânico, para que seja aí instalada a “Galeria da Biodiversidade”, um pólo do grande museu universitário. Aliás, a manutenção de pólos em várias faculdades – como os museus da Medicina ou da Arquitectura nas respectivas faculdades – é um dos objectivos da UP para o novo projecto, mas com outro tipo de abertura. “Espera-se que o novo espaço possa acolher, para além dos museus da Ciência e da História Natural, exposições temporárias rotativas dos outros pólos [museológicos]. Será um projecto estrutural, ambicioso e construído especificamente para o público, deixando de lado um pouco a lógica anterior, mais voltada para os estudantes”, diz fonte da assessoria de imprensa da UP.

Os museus universitários da Ciência e da História Natural foram fundados em 1996 e têm estado instalados no edifício da Reitoria de forma “subaproveitada”, esclarece fonte da instituição. Os espólios de ambos incluem equipamentos científicos e didácticos dos primórdios da universidade, colecções de fósseis e de minerais.

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