Menezes garante imparcialidade na escolha do candidato do PSD para Gaia

Sem especificar datas, o autarca e líder concelhio disse que "gostaria de ver este assunto encerrado esta semana". Escolhido o candidato do PSD a Gaia, Menezes pretende liderar a concelhia como uma espécie de rainha de Inglaterra.

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Luís Filipe Menezes Fernando Veludo

O presidente da concelhia do PSD-Gaia, Luís Filipe Menezes, garantiu esta terça-feira que será "completamente imparcial" na escolha do candidato do partido que tentará suceder-lhe na presidência do município. Acrescentou que a sua opção terá por base estudos de opinião e a posição de outros dirigentes locais do partido.

"Eu sou completamente imparcial. Limito-me a ser o árbitro, dirigir o jogo. Assumo essa responsabilidade, dirigir o jogo com estas regras muito claras - sondagens e ouvir os dirigentes - e colocar numa acta o que ouvir e fazer isto tudo muito rápido", afirmou à agência Lusa, à margem da reunião, ainda a decorrer, da concelhia do PSD-Gaia para apresentação e votação do perfil do candidato à câmara que deverá ser aprovado.

O perfil apresentado, explicou, é "muito genérico" e no qual "encaixariam dezenas de pessoas", a fim de não ser "dirigido a ninguém em particular". O candidato do PSD a Gaia deverá, segundo a fonte, ter experiência profissional consistente com aquilo que são as exigências da sociedade civil, ter uma postura e atitude que o identifiquem com uma visão social-democrata, ter conhecimento aprofundado sobre o concelho, ter experiência no exercício de funções autárquicas, ter abertura para abrir a candidatura a outros movimentos como o CDS-PP e ter um bom relacionamento institucional com as direcções políticas concelhia, distrital e nacional bem como o seu Governo.

Menezes frisou, porém, que, preenchidos esses requisitos, "aquilo que vai condicionar o processo de opção são outro tipo de questões, uma delas estudos de opinião", já encomendados, e que são "suficientemente latos para serem de confiança". "E depois, uma segunda questão, que é de ouvir a opinião dos principais dirigentes", acrescentou o também presidente da Câmara de Gaia e candidato à do Porto, comprometendo-se a "ouvir um a um os 30 a 40 dirigentes mais destacados (presidentes de junta, membros da comissão política, líder parlamentar, presidente da assembleia municipal e vereadores)".

Ainda que sem querer especificar datas, o autarca e líder concelhio "gostaria de ver este assunto encerrado esta semana".

Sobre a decisão do seu ex-vice e actual secretário de Estado, Marco António Costa, de prosseguir no executivo, e não se candidatar a Gaia, Menezes afirmou não ser um "revés para ninguém". Marco António Costa era um "candidato muito forte e fazia com que tudo fosse mais tranquilo e mais certo e mais seguro, mas a opção dele é uma opção livre, muito respeitável, não há que fazer disso um drama", afirmou o autarca que considera existirem no PSD "boas condições" para "vencer as eleições com outros candidatos em Gaia".

Menezes disse ainda que, depois de feita a escolha do candidato a Gaia, a sua posição na liderança da concelhia será mais de rectaguarda e "resguardada", cingindo-se a uma "situação de quase de rainha de Inglaterra", tendo em conta a sua própria candidatura ao Porto.
 
 

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