Março foi o mês mais chuvoso em Lisboa desde que há registos

Também nas estações de Coimbra, Setúbal, Portalegre, Penhas Douradas, Alvega, Alvalade e Amareleja se registaram os valores mais elevados de pluviosidade.

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A chuva fez vários acidentes, na maior parte dos casos apenas com danos materiais Enric Vives-Rubio

Março foi o mês mais chuvoso em Lisboa e noutras sete estações meteorológicas desde que há registos, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) relativos ao primeiro semestre de 2013. O primeiro semestre de 2013 também bateu recordes no que toca ao vento, frio e neve.

Nos primeiros seis meses do ano registaram-se oito fenómenos relevantes, segundo o IPMA, quase o triplo dos verificados em igual período do ano anterior, entre os quais ventos ciclónicos em vários pontos do país.

Março foi um mês excepcionalmente chuvoso em todo o país, mas nas estações meteorológicas de Lisboa, de Coimbra, de Setúbal, de Portalegre, das Penhas Douradas, de Alvega, de Alvalade e da Amareleja foi mesmo o mês mais chuvoso desde que há registos.

A chuva fez parte do dia-a-dia dos portugueses no primeiro semestre, tendo-se registado 337,8 milímetros de precipitação total. O valor médio de precipitação total foi superior em 84 milímetros ao normal da média registada entre os anos de 1971 e 2000, disse à Lusa Fátima Espírito Santo, do Departamento de Meteorologia e Geofísica Divisão de Clima e Alterações Climáticas (DivCA) do IPMA.

Mais vento, frio e neve do que é habitual
Em Portugal não é muito comum registarem-se fenómenos de vento extremo, mas o primeiro semestre teve ventos fortes e muito fortes em quase todo o território continental, com o Cabo Carvoeiro a registar 140 Km/h, o mais elevado medido nas estações do IPMA.

Porto e Aveiro também tiveram ventos excepcionalmente elevados, que atingiram os 116 Km/h nas duas capitais de distrito. No Algarve, na serra de Monchique, no alto da Fóia, o vento atingiu 129 Km/h.

Segundo o IPMA, o primeiro semestre deste ano foi também mais frio do que é habitual, com um desvio negativo da temperatura média de 0,3 graus. Este mês de Maio foi em média o mais frio dos últimos 20 anos, com as temperaturas mínimas mais baixas dos últimos 30, menos 1,5 graus.

Depois de Fevereiro ter sido um mês com nevões acima do habitual, em cotas baixas como os 300 metros de altitude, mais surpreendentes foram os nevões de 7 de Junho e nas madrugadas de 17 e de 18 do mesmo mês na Serra da Estrela.

Após um primeiro semestre com temperaturas abaixo do normal, o calor chegou em força no fim de Junho, com a primeira onda de calor do ano, que teve uma duração entre os sete e os nove dias (22 a 30 de Junho)

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