Portuenses apontam os problemas da cidade que a tecnologia e a inovação poderiam resolver

A Desafios Porto apresentou nesta terça-feira as ideias sugeridas pelos cidadãos para melhorar o município que chegaram à fase final.

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Depois de, em Agosto, terem anunciado a recepção de mais de 300 candidaturas divididas em quatro temáticas – Saúde e Bem-estar, Mobilidade e Ambiente, Cidade Digital e Energia, a Câmara do Porto, em conjunto com os seus parceiros a patrocinadores do projecto, anunciou esta terça-feira, quais os desafios que chegaram à fase final. Depois de uma selecção, quatro problemas de cada uma das áreas foram escolhidos, dos quais um de cada sairá vencedor e verá o seu problema resolvido, com um financiamento que poderá chegar aos 50 mil euros, a que se somará um apoio de consultadoria até aos 12.500 euros financiado pela Ernst & Young, a impulsora do desafio.

O presidente da câmara, Rui Moreira, salienta que “só um Porto inovador e empreendedor pode atrair mais pessoas”, razão pela qual considera esta iniciativa “uma prova da inovação pujante da cidade”. Na apresentação desta terça-feira, os representantes da NOS, EDP, CEIIA (Centro de Experiência e Inovação para a Indústria Automóvel) e da Ernest & Young, destacaram a importância que o projecto poderá ter para a cidade, que funcionará como “laboratório vivo”, uma vez que o objectivo será depois replicar a experiência noutras cidades. Filipe Araújo, vereador da inovação e do ambiente, completa: “Tentámos uma perspectiva em que estamos perto de um ecossistema”. Para além disso, o vereador destaca que o projecto “fixa pessoas, cria valor e cria emprego” na cidade.

Quanto aos projectos, na área da Saúde e Bem-Estar as propostas seleccionadas incluem o desenvolvimento de ferramentas para facilitar a integração necessária ao envelhecimento, um espaço no Parque da Cidade onde se possam guardar os objectos pessoais aquando da prática de exercício, uma plataforma que permita a reserva de instalações desportivas e uma plataforma de boleias para quem quer sair à noite mas não quer levar carro.

Na Energia, sugere-se um circuito que ajuda na optimização de energia da via pública, uma aplicação que meça a pegada ecológica hídrica dos cidadãos, sistemas de autoconsumo para ajudar na sustentabilidade económica e ainda ciclovias que captem energia solar para produzir electricidade para a via pública.

Já na categoria de Cidade Digital, as questões levantadas relacionam-se todas com as novas tecnologias, como os smartphones – as sugestões são de aplicações que permitam o pagamento de transportes públicos, que mostrem que eventos se estão a passar na cidade em tempo real, que indiquem quais os consumos de água, gás e electricidade e ainda que permitam comunicar às entidades competentes avarias ou intervenções necessárias no município.

Por último, na área da mobilidade e ambiente pede-se uma forma de produtos locais serem entregues em casa, sensores inteligentes para estacionamento que possam ser vistos em app, um sistema de aluguer de carros competitivo e ainda um sistema que ajude a perceber a circulação de veículos de emergência.

Em suma, a Desafios Porto quer aliar o dia-a-dia da invicta com a tecnologia. Até 15 de Outubro qualquer empreendedor poderá apresentar soluções inovadoras. A 15 de Novembro os projectos vencedores deverão ser anunciados.

Texto editado por Ana Fernandes

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