Derrame de combustível em Sines terá tido origem num navio porta-contentores

Primeiro balanço aponta para cinco toneladas de combustível derramadas este domingo.

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Administrador da APSA garantiu que “não existe qualquer perigo para o meio ambiente” Miguel Manso

Um primeiro balanço sobre o derrame de combustível deste domingo, em Sines, adianta que terão sido libertados para o oceano mais de cinco toneladas de combustível a partir do Terminal XXI do porto. No entanto, “não existe qualquer perigo para o meio ambiente”, garante o administrador dos Portos de Sines e do Algarve (APSA), João Franco.

A informação foi prestada esta terça-feira no decorrer de uma conferência de imprensa em Sines, para prestar esclarecimentos sobre o derrame de combustível e com a presença, para além do administrador da APSA, do comandante da Policia Marítima de Sines, José Velho Gouveia.

O resultado preliminar das investigações que estão a ser efectuadas às causas do derrame referem que este terá tido origem num dos dois navios, o porta-contentores MSC Patrícia e o navio de abastecimento Baía 3, que se encontravam atracados no Terminal XXI no momento em que foi dado o alerta do acidente. Para já, exclui a possibilidade de se ter tratado do navio de abastecimento.

O comandante da Polícia Marítima fez uma descrição dos procedimentos que têm sido seguidos de modo a concretizar a recuperação de todo o combustível derramado “nos próximos dias”, prevê este responsável.

Desde que foi dado o sinal de alerta de derrame, às 22h50 de domingo, foram imediatamente accionados os meios que a APSA dispõe para intervir situações de risco ambiental. Para conter o combustível libertado para a água foram colocadas 3,5 quilómetros de barreiras de contenção, 1,5 quilómetros de barreiras de absorção e utilizadas seis lanchas. Até ao momento foram recolhidos “algumas centenas de litros” de combustível que será enviado para um centro de tratamento de resíduos.

Por sua vez, o administrador da APSA esclareceu que a mancha poluente “está contida ao Terminal XXI”, frisando que outra das prioridades está em repor a actividade comercial nesta área do porto concessionada à PSA Sines.

A Polícia Marítima vai dar continuidade aos inquéritos que envolvem os comandantes dos navios já referidos, para se averiguarem as causas da ocorrência. Velho Gouveia adiantou que os montantes das sansões a aplicar neste tipo de acidentes variam entre "os 49,9 mil euros e 2,5 milhões de euros".

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