Câmara de Gondomar quer pagar passe de transporte público a funcionários

Impedido pelo tribunal de fazer o transporte casa-trabalho-casa dos funcionários com meios próprios do municipio, presidente da Câmara tenta solução alternativa.

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A Câmara de Gondomar garante actualmente o transporte casa-trabalho-casa de 150 funcionários Nelson Garrido

Actualmente, através da sua frota de autocarros - sete ao todo, sendo que apenas um tem menos de dez anos - a autarquia de Gondomar auxilia cerca de 150 trabalhadores no transporte casa/trabalho com quatro percursos que se desenvolvem ao longo do concelho. Mas, de acordo com o presidente da câmara, o socialista Marco Martins, esta medida "não tem suporte legal aos olhos do tribunal", pelo que terá de cessar.

Para resolver este problema, Marco Martins quer, através de protocolos a celebrar entre o Centro Cultural e Desportivo do Município de Gondomar e as transportadoras de passageiros da região, disponibilizar "uma espécie de passe social". Os funcionários terão de pagar nove euros por mês. Já à autarquia cada passe ficará por 40 euros. "Estabelecemos um valor para os funcionários em jeito de responsabilização e vamos exigir um mínimo [ainda a definir] de utilização do passe. Com esta medida promove-se a mobilidade e reduz-se o uso de transporte individual e de emissões poluentes", explicou Marco Martins.

Esta medida foi tornada pública esta quarta-feira numa reunião de câmara descentralizada que teve lugar na Junta de Freguesia da Lomba, tendo sido aprovada com as abstenções da CDU e do PSD, cujos vereadores preferiram pronunciar-se depois de terem "mais pormenores" sobre os protocolos.

Ainda no âmbito da mobilidade, foi hoje confirmado que a câmara vai repor, a partir de 01 de julho, a travessia de barco (cada barco com capacidade para 20 pessoas) entre as margens de Melres/Medas e a Lomba. Esta travessia, pelo Douro e com a duração de cerca de seis a sete minutos, existiu durante cerca de 20 anos mas foi interrompida há sete.
O custo de cada travessia será de um euro. Existirão oito pontos de embarque: Moreira, marina de Melres, Campidouro e marina de S. Tiago (Norte, ou seja margem direita do rio), bem como Aldeia de Areja, praia da Lomba, Pé de Moura e Lomba (Sul, margem esquerda).

Esta quarta-feira o executivo camarário realizou, com os jornalistas, a travessia para a Lomba por barco com o presidente da Junta de Melres/Medas, José Andrade, a garantir que "apesar de não existir horário noturno, o diurno será alargado" e os horários estão a ser estudados de forma a interligar o barco com os autocarros de passageiros.