A Câmara de Coimbra "está a estudar a possibilidade" de adquirir o edifício da antiga Manutenção Militar, no centro histórico da cidade, para instalar o arquivo municipal, disse esta terça-feira o presidente da autarquia, Manuel Machado.

O imóvel, situado a algumas dezenas de metros dos Paços do Concelho, é propriedade do Estado, mas os terrenos pertencem ao município, adiantou o autarca socialista, que falava aos jornalistas, ao princípio da tarde, depois de ter participado em duas sessões do executivo municipal (uma ordinária e outra extraordinária).

Além de ser uma "obrigação da Câmara" ter arquivo municipal, é "uma necessidade imperiosa arranjar espaço" para o instalar, sublinhou Manuel Machado, recordando que este património está disperso por vários edifícios, designadamente nos Paços do Concelho. A Câmara de Coimbra chegou a projectar a construção de um edifício de raiz para o arquivo municipal, na periferia norte do centro urbano, mas o presidente do município entende que faz mais sentido "agrupar, tanto quanto possível, os serviços" municipais, no centro da cidade.

Além de promover a reanimação do centro da cidade e a reabilitação de imóveis e espaços com pouca utilização ou mesmo abandonados e mais ou menos degradados, também é possível reduzir os gastos, sustenta Manuel Machado, referindo que o projecto de construção de um novo edifício para o arquivo municipal envolveria um investimento superior a quatro milhões de euros. "É melhor reutilizar imóveis do centro histórico", com a vantagem de, na circunstância, se reduzirem custos, sintetiza o autarca.

A possibilidade de a câmara adquirir o edifício da antiga Manutenção Militar para instalar o arquivo municipal faz parte de um plano que visa resolver a falta de espaço com que os diferentes serviços municipais se debatem e que pode implicar a compra ou arrendamento de outros imóveis no centro histórico da cidade, disse Manuel Machado. A reinstalação de serviços camarários também pretende libertar áreas, designadamente, nos Paços do Concelho, onde também falta espaço e onde são necessárias e urgentes obras de recuperação, salientou Manuel Machado.