Fogo consumiu edifício devoluto junto à Ponte Luís I, em Gaia

Bombeiros de Gaia e do Porto estão no local.

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O antigo armazém da fábrica de móveis Lima, na Avenida da República, em Vila Nova de Gaia, junto à Ponte Luís I, ardeu ao final da manhã desta terça-feira. Às 12h20, fonte dos Sapadores de Gaia dizia ao PÚBLICO que o edifício devoluto estava "completamente tomado" pelo fogo. Pelas 13h15, os bombeiros limitavam-se já a atirar água para o interior do imóvel, através do enorme buraco aberto no telhado pelas chamas, considerando que o fogo estava "dominado".

Presente no local, o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, disse ao PÚBLICO que o edifício não estava vedado e que, na altura em que o incêndio começou, estariam duas pessoas no interior, supostamente sem-abrigo, que terão, entretanto, fugido. O responsável dos Sapadores de Gaia no local, Artur Mendes, não confirmou, contudo, que houvesse sinais da presença de alguma pessoa no interior do prédio que fica mesmo junto à ponte e cuja estrutura - traves e tabiques em madeira - foi consumida pelas chamas.

O alerta para o incêndio chegou aos Sapadores de Gaia pelas 12h05 e para o local seguiram quatro viaturas desta corporação. A combater as chamas estiveram também membros dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões (Gaia) e do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, que enviou para o local uma auto-escada.

Por causa do incêndio, a circulação da linha Amarela do Metro do Porto esteve interrompida, entre as 12h08 e as 12h40, entre a Estação de S. Bento e a  paragem de General Torres. A circulação foi retomada depois dessa hora, dado que o fogo, confinado ao interior do edifício, e o fumo que provocava, não afectavam o bom funcionamento do serviço que tem a poucos metros do local a estação do Jardim do Morro. Os turistas que habitualmente circulam na ponte e se deslocam ao miradouro do jardim (que tem uma vista soberba do Porto) continuavam a passar no local, pelo passeio poente, sem dificuldade.

O antigo armazém tem um Pedido de Informação Prévio aprovado pela Câmara de Gaia, estando previsto que se instale ali o hotel Casino da Ponte. O presidente da Câmara de Gaia anunciou que o actual proprietário do imóvel vai ser notificado, para fazer a vedação do edifício que, com a retirada de telhas e beirais, fica apenas com as paredes exteriores explicou fonte da autarquia.

Dezenas de metros a nascente, num outro armazém que ainda hoje se encontra devoluto, e sem cobertura, um incêndio, em 1995, numa fábrica de estatuetas que ali funcionava, provocou a morte de quatro bombeiros, três dos sapadores e um dos Voluntários de Coimbrões.  

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