“Leões” adiaram a festa benfiquista pelo menos por mais uma semana

Slimani abriu o encontro com um golo e Héldon fechou a partida com outro. Pelo meio houve tempo para alguns bocejos, mas o objectivo do Sporting foi alcançado e a equipa está a um passo da Champions.

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Slimani marcou o primeiro golo, logo aos 2 minutos Patrícia de Melo Moreira/AFP

O espaço do Marquês de Pombal, em Lisboa, já foi reservado pelos adeptos benfiquistas para comemorar o título, mas a prometida festa foi este sábado adiada pelo Sporting, pelo menos, por mais uma semana. As esperanças dos “encarnados” começaram a esmorecer logo aos 2’, quando Slimani inaugurou o marcador frente a um Gil Vicente que pouco fez para atrapalhar a missão “leonina”. Teve mesmo o condão de “adormecer” os lisboetas durante longos períodos do encontro. O triunfo seria confirmado já nos descontos, deixando os lisboetas a um suspiro de oficializar o segundo lugar do campeonato e a entrada directa na milionária Liga dos Campeões.

O triunfo acabou por ter o cunho pessoal de Leonardo Jardim. O técnico apostou na titularidade de Carrillo para o lado direito e, logo na primeira jogada atacante dos lisboetas, recolheu os proveitos da opção. O peruano, assistido por Cédric, ofereceu a Slimani o golo. Mas a sua missão ainda não estava terminada. Foi quem mais correu na partida (e foram muito poucos o que o fizeram convictamente), acabando por encerrar a exibição com um cruzamento para o segundo golo, apontado pelo recém-entrado Héldon (outra aposta oportuna de Jardim), que se estreou a marcar com a camisola “leonina”. Entre os dois golos, houve muitas ocasiões para bocejar em Alvalade.

A verdade é que o golo madrugador tranquilizou demasiadamente os “leões”, até porque não motivou nenhuma reacção do Gil Vicente, nomeadamente no primeiro tempo. Com uma falta de agressividade surpreendente, os minhotos deixavam o meio-campo às ordens de William Carvalho, outra das peças determinantes da equipa da casa, mas, no seu caso, isso já não é notícia. Aqui e ali, o Sporting acelerava e empurrava toda a equipa adversária para o seu meio-campo, mas estes picos foram-se tornando cada vez mais esporádicos.

O Gil pareceu resignar-se à sua sorte desde muito cedo. Aparentemente, Alvalade não faria parte do seu itinerário para a manutenção na I Liga, até porque os minhotos procuraram sempre mais não ser goleados, do que mirar a baliza de Rui Patrício. É certo que melhoraram em termos de produção atacante na segunda metade, mostrando-se mais afoitos, mas sempre pouco crentes em mudar o rumo dos acontecimentos.

Cabia ao Sporting a iniciativa, mas a equipa foi baixando de intensidade, apesar de nunca ter perdido o controlo do encontro. A diferença mínima era um resultado perigoso, mas quase nunca houve motivos para grandes sobressaltos. Só por uma vez, já nos instantes finais, os gilistas assustaram, mas pouco depois os lisboetas resolviam de vez o encontro.

Antes, Jardim procurou mexer com o encontro. Aos 60’, trocou um discreto Mané por André Martins, dando alguma vivacidade ao meio-campo e, aos 76’, procurou fazer o mesmo no ataque, com Montero a render Slimani. Mas seria a entrada de Héldon (para o lugar de Capel), aos 89’, a gerar efeitos práticos.

Montero ainda procurou desfazer a mala-pata que o afecta há quatro meses, mas os golos continuam a não querer nada com o colombiano. Marcou os últimos dois frente a este mesmo Gil Vicente, a 8 de Dezembro do ano passado, e o deserto prossegue 15 jornadas depois. Terá mais três oportunidades antes do final da temporada “leonina”.

O triunfo deixa os “leões” a uma vitória de confirmarem o segundo lugar do campeonato, mas esta até pode não ser necessária. Com 11 pontos de vantagem do FC Porto, bastará que os “dragões” não vençam hoje o Sp. Braga, no Minho. Caso contrário, o objectivo terá de esperar, pelo menos, mais uma semana.

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